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Devemos Orar pelos Mortos no Purgatório?

Joel Stevao

A idéia de orar pelos mortos veio do livro de 2 Macabeus 12:44-45. O livro de Macabeus é um livro Apócrifo, que não faz parte do cânone hebraico mas acabou sendo aceito pela Igreja Católica no Concílio de Trend em 1545. Lutero lutou contra a aceitação desse livro mostrando que o Novo Testamento discordava das doutrinas escritas no livro de Macabeus, mostrando que os pais da Igreja no primeiro século não consideravam esse livro como divinamente inspirado incluindo Origen, considerado um dos maiores teólogos Bíblicos, além de Melito, Athanasius, Jerome e outros.

Os Judeus eram os guardiões dos seus livros sagrados e afirmavam que as profecias tinham acabado 400 anos antes de Cristo. Seus últimos profetas foram Ageu, Zacarias e Malachias, o Espírito Santo havia partido de Israel desde a morte deles afirmavam os Judeus. Eles sabiam extamente quais dos seus livros eram parte do cânone. Macabeus foi escrito no final do ségundo século antes de Cristo extamente nesse período que não havia inspiração divina mais. O cânone do Velho Testamento estava fechado.

As evidências que o cânone do Velho Testamento não contém o livro de Macabeus, são encontradas nos próprios pais da Igreja do primeiro século, que listaram os livros do Velho Testamento, em Josephus historiador do primeiro século que também listou os livros, Philo de Alexandria, judeu de alta educação no primeiro século citou o cânone hebraico distinguindo os livros Apócrifos como não inspirados e nas palavras do próprio Jesus em Lucas 24:44.

“E disse-lhes: São estas as palavras que vos disse estando ainda convosco: Que convinha que se cumprisse tudo o que de mim estava escrito na lei de Moisés, e nos Profetas e nos Salmos”.

Essa divisão em três partes do cânone hebraico era usado pelos Judeus no primeiro século e é citado como Escritura Divina pelo próprio Jesus. Nenhum escritor do Novo Testamento citou algum livro Apócrifo mas quase todos citaram livros que faziam parte do cânone hebraico, que é o mesmo cânone que temos hoje exceto a Igreja Católica que incluiu os livros Apócrifos.

Mas o livro de Macabeus não só contém erros históricos mas principalmente erros teólogicos como orar pelos mortos 2 Macabeus 12:43-45. Em Hebreus 9:27, afirma que o destino eterno que alguém só pode ser feito antes de sua morte.

A passagem em Lucas 16:19-31 é bem clara que o rico não pode voltar aos seus irmãos para avisar que se arrependam e não irem aonde ele está. A implicação é que se os irmãos pudessem passar tempo no Purgatório então não haveria motivo do rico querer voltar e avisar seus irmãos, eles seriam salvos com as oraçãos aos mortos. Mas não é isso que as Escrituras ensinam.

Se Jesus, os Apóstolos, os Judeus e escritores seculares do primeiro século nunca afirmaram a inspiração dos livros Apócrifos incluindo Macabeus, Lutero estava correto na sua afirmação que não havia evidências nenhuma para aceitar que Macabeus era um livro de inspiração Divina.

Lutero lutou contra a aceitação desse livro citando o Novo Testamento, os primeiros pais da Igreja e os líderes Judeus. A Igreja Católica respondeu cânonizando o livro de Macabeus e os livros Apócrifos em 1545. Lutero deixou a Igreja Católica convicto que os livros Apócrifos não faziam parte do cânone, não eram inspirados e continham erros que implicariam no destino eterno nas pessoas.

Não existe base nas Escrituras para o ensino do Purgatório e nem oração pelos mortos, esses ensinos contradizem todas as Sagradas Escrituras tanto o Velho como o Novo Testamento.


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