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Devemos nos calar?

Apesar da minha profissão como engenheiro de telecomunicações desenvolvendo sistemas e projetos nessa área, meu chamado é mostrar a razão da nossa fé em Cristo Jesus como único salvador do mundo, e que ninguém será salvo se não aceitá-lo como salvador. Essa afirmação sobre Jesus é considerada politicamente incorreta e pode resultar em perseguições e problemas. Mas nunca foi diferente, deixaremos de falar de Jesus para evitar conflitos de idéias?

Eu, categoricamente, afirmo que não.

Recentemente, em uma conversa com mórmons, quando eu e um irmão da igreja fomos abordados por eles na rua, pudemos mostrar que Joseph Smith, o fundador dessa seita distorceu as Escrituras e criou a sua religião que prega doutrinas contrárias às da Igreja de Cristo.

Respondemos a todas as perguntas e explicamos uma série de coisas históricas, que nem eles conheciam, da sua própria igreja. Mostramos que toda a história da Igreja mormon, baseada em seus próprios relatos, é fundamentada em erros e mentiras. Ficamos cerca de duas horas conversando e mostramos a eles pela própria Bíblia, que eles dizem crer, que as Escrituras Sagradas contradizem as doutrinas mormons. Orei por eles depois, para que o Espirito Santo mostrasse o caminho da verdade.

Conhecendo a tática dessa seita, onde no final da conversa eles afirmam que são mórmons porque “sentiram de Deus” que estão no caminho certo, pudemos mostrar que nossos sentimentos não são o guia para nosso destino eterno, mas sim pela palavra de Deus unicamente. Nossos amigos mórmons concordaram e não tinham mais como contra-argumentar. Nos despedimos cordialmente e fomos embora.

Muitos cristãos cometem o mesmo erro de se deixarem guiar pelo seu sentimento na hora de tomar decisões na sua vida, e muitas vezes essas decisões claramente contrariam as Escrituras Sagradas. O velho jargão “senti de Deus” usado nas nossas igrejas indiscriminadamente, tornou-se o guia para nossa vida espiritual quando a Bíblia deveria ser esse guia e não nossos falíveis sentimentos.

Mas se eu não tivesse engajado naquela conversa para evitar confrontos de opiniões, especialmente a religiosa, como é a retórica pregada na midia de hoje, talvez eles nunca teriam ouvido a verdade. Um deles ficou bem impressionado e disse que iria checar o que falamos. Oro para que Deus abra os seus olhos e que sejam salvos. Eram dois jovens nos seus vinte e poucos anos, extremamente educados, e apesar de divergirmos em pontos cruciais do cristianismo, pudemos ter uma conversa de perguntas e respostas, e um debate saudável.

Os discipulos de Jesus, incluindo os pais da Igreja, sempre foram apologistas, defendendo a nossa fé e abertamente convencendo as pessoas da verdade. Pedro escreveu “Estejais sempre preparados para responder com mansidão e temor a qualquer que vos pedir a razão da esperança que há em vós.” (1 Pedro 3:15).

Que não sejamos levados pela agenda do mundo que cada vez mais nos coage a ficar quietos, acovardados pelo medo, pelo sossego ou indiferença com relação às coisas eternas. Que possamos seguir as instruções de Paulo a Timóteo quando disse para corrigir com mansidão os que resistem e ver se Deus lhes dará arrependimento para conhecerem a verdade. (2 Timóteo 2:25).

Devemos nos calar de pregar que Jesus é a única esperança para o homem nessa vida e na vindoura?

Jesus disse: “Quem pois me confessar diante dos homens, eu também o confessarei diante do meu Pai que está nos céus. Mas aquele que me negar diante dos homens, eu também o negarei diante do meu Pai que está nos céus.” (Mateus 10:32:33).

Eu jamais me calarei e você?

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Como o socialismo enganou nossos jovens?

O Socialismo enganou nossos jovens através de um processo gradual sistemático dentro das instituições de educação, que levou décadas mas que conseguiu ter sucesso especialmente no ocidente.

Precisamos uma reforma total no ensino no Brasil.

É fundamental ensinar que o socialismo destrói nações e sociedades. Ensinar sobre as falácias do Marxismo, sobre as mentiras do Evolucionismo, ou sobre as utopias sexuais fantasiosas das teorias de Freud são provindas da mente de um homem obcecado pelo sexo. Você nunca ouviu falar sobre isso? Continue lendo.

Alfred Adler, um dos pais da psicanálise e contemporâneo de Freud apresentou outras fontes e soluções para os problemas psicológicos combatendo a teoria da sexualidade exagerada das de Freud.

Alfred Adler é estudado nas universidades Norte Americanas como pai da psicanálise e pouco se fala de Freud. Universidades baseiam seus estudos nas teorias desse pai da psicanálise Alfred Adler, em detrimento dos devaneios de Freud. Qual a relevância disso nesse contexto todo? Muito grande, vou explicar abaixo.

Alfred Adler tinha um foco completamente diferente de Freud na psicanálise e se concentrou na dinâmica famíliar enquanto Freud era obcecado por sexo.

Ele mesmo escreveu para seu discípulo Carl Young que durante sua visita a América, não parava de ter sonhos eróticos com mulheres americanas,  e isto não o deixava dormir. Freud com certeza era atormentado pelo desejo insaciável de sexo. 1

Freud também criticou a sociedade americana onde a mulher tinha tantos direitos quanto os homens. Ele também não gostava do jeito informal do americano.

Enquanto isso, Adler repudiou completamente as teorias de Freud tanto que se tornaram inimigos.

Adler se concentrou na dinâmica familiar, especificamente no trabalho dos pais na educação dos filhos, e na familia como um meio preventivo de abordar possíveis problemas psicológicos futuros. 2

Todas essas teorias, sofismas, e falácias ensinadas nas instituições de educação como verdades, são combustíveis para uma sociedade humanista desprovida de Deus e um prato pronto para ser devorado pelos socialistas.

Portanto devemos ensinar que a verdadeira ciência aponta na direção de um ser criador de todas a coisas, que a Criação é um conceito racional e tremendamente superior a teoria da Evolução. Ensinar que a família é fundamental na prevenção de possíveis problemas psicológicos futuros como ensinou Alfred Adler, e que o humanismo é vazio e sem esperança. E que a verdade é absoluta e não subjetiva aos nossos conceitos condicionado as nossas emoções voláteis, e por fim, que a pátria é um conceito bíblico e deve ser respeitado. Dessa forma então começaremos a resgatar nossos jovens de novo.

Joel Stevao
Apologista Cristão
30 anos de Experiência em Educação

  1. https://www.mentalfloss.com/article/501206/how-freud%E2%80%99s-only-visit-america-made-him-hate-us-rest-his-life[]
  2. https://www.adler.edu/alfred-adler-history/[]
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Evidências irrefutáveis contra o Socialismo

O objetivo deste texto é mostrar a verdadeira face do socialismo através de evidências irrefutáveis contra esse sistema ideológico político. Uma vez que aprendamos o que realmente é o socialismo, iremos entender qual é a nossa responsabilidade perante Deus, a pátria e a família. 

Para atingir esse objetivo fizemos dez perguntas essenciais que nos ajudarão a entender o que é o Socialismo.

Primeira pergunta: Onde apareceu o Socialismo?

O Socialismo surgiu entre os séculos XVIII e XIX, no contexto da Revolução Industrial, e se estabeleceu por meio das propostas de diferentes intelectuais, como Pierre Leroux, Robert Owen, Saint-Simon, Charles Fourier, entre outros. Esses primeiros pensadores ficaram conhecidos como membros do chamado socialismo utópico.

A primeira experiência prática do socialismo foi em Paris, sendo adotada no país somente no século XX, mas a primeira nação a adotar o socialismo foi a União Soviética, tendo Lenin e Josef Stalin como pais do socialismo soviético. 1

Segunda pergunta: Qual era objetivo do Socialismo?

O Socialismo é uma ideologia política, econômica e filosófica, que propõe a construção de uma sociedade mais justa e igualitária. O objetivo não era apenas acumular poder, mas uma missão sagrada de um mundo socialista.

Terceira pergunta: Como a União Soviética implantou o Socialismo?

 O distinto autor Joshua Muravchik, membro do World Affairs Institute, faz uma abordagem histórica dos mitos do socialismo.

Ele escreve que o iniciador do terror, da tirania e da violência soviéticos, foi seu pai fundador, Vladimir Lenin, que exortou seus seguidores a exercer “terror em massa, impiedoso contra os kulaks, (camponeses de classe média que podiam contratar funcionários e que resistiram a Stalin, milhões foram presos, exilados ou mortos) contra os padres e revolucionários que lutaram na guerra civil. As pessoas de posição duvidosa deveriam ser trancadas em campos de concentração” (ou seja, o Gulag).

Quando os agricultores resistiram a coletivização, o sucessor de Lenin, Josef Stalin, projetou uma fome, na qual pelo menos 5 milhões e talvez 10 milhões morreram de fome – o Holodomor.

Se Stalin era “um tirano de brutalidade estupefata”, escreve Muravchik, ele foi superado pelos governantes comunistas Mao Zedong, cuja Revolução Cultural resultou em pelo menos um milhão de mortes, e Pol Pot, que eliminou um quarto da população do Camboja em sua tentativa de imitar Mao.

Essa devoção a esse ideal do Socialismo, levou ao massacre de milhões de inocentes que resistiam. 2

Quarta pergunta: O Socialismo funcionou em algum lugar?

Não. Na verdade, o Socialismo se tornou um pesadelo nas mais de 40 nações que implantaram o Socialismo, sem exceção.

 O renomado economista Jeffrey Tucker, autor de mais de 10 livros sobre esse e outros assuntos, disse: “Entre as falhas mais evidentes do Socialismo está sua capacidade de gerar uma vasta escassez de coisas essenciais para a vida”.

Na China maoísta, ele ressalta, não havia carne nem gordura para cozinhar nada. Na Rússia bolchevique, nunca havia moradia ou comida suficientes, nem mesmo pães.

O que aconteceu quando Nikita Khrushchev assumiu como líder soviético, após a morte de Stalin em 1953? Ele e seus colegas tentaram desesperadamente montar um sistema de planejamento que fizesse sentido sem depender das forças de mercado “burguesas”.

Eles falharam miseravelmente. Nas palavras de Tucker: “Khrushchev passou seus últimos anos como um velho desacreditado, abatido e triste em um banco de parque”.

Se você ter gosta de privações e que te limitem quanto as suas aspirações de possuir bens, liberdade de expressão, liberdade de religião, além de estar sob uma classe dominante tirânica que oprime todos as outras, você amará o que o Socialismo pode fazer e realiza nos lugares onde é implantado.

De fato, ele conclui, “a miséria parece ser sua única contribuição do socialismo para a história da economia”.

Cooke, o editor do National Review, diz que o Socialismo não é compatível com a democracia, porque na pior das hipóteses ele come a democracia e é rapidamente transmutado em tirania. Na melhor das hipóteses, o socialismo elimina a individualidade, coloca a sociedade civil em uma camisa de força de tamanho único e transforma o governo representativo em uma Quimera. (Quimera é um monstro mitológico com cabeça de leão, corpo de cabra e cauda de serpente, ou seja, a combinação heterogênea ou incongruente de elementos diversos).

Ricardo Hausmann, ex-economista chefe do Banco Interamericano de Desenvolvimento, escreveu que “a catástrofe econômica da Venezuela supera qualquer outra na história dos EUA, da Europa Ocidental ou do resto da América Latina”.

Quão catastrófico? Sob o socialismo de Chávez-Maduro, a taxa de mortalidade infantil aumentou 140%. Noventa por cento dos venezuelanos vivem na pobreza. Em 2019, a inflação na Venezuela foi de 9.500%. [1] Em 2021, a Venezuela teve uma inflação de 686,4%, e, em 2022, acredita-se que terminará com 500%. Essa aparente melhora é por que o governo permitiu a circulação de moeda estrangeira, proporcionando espaço para a economia respirar.

Tudo isso em um país com as maiores reservas comprovadas de petróleo do mundo – muito maiores que as dos Estados Unidos.

E nós sabemos muito bem, melhor do que qualquer país, dos milhares de Venezuelanos que fugiram para o Brasil com uma mão na frente e outra atrás: médicos, dentistas, professores e outros profissionais altamente qualificados.

A Inglaterra é um outro exemplo onde o Socialismo não funcionou.

Antes de Margareth Thatcher, a Grã-Bretanha da década de 1970 era geralmente descrita como “o homem doente da Europa”, devido às suas prolongadas experiências com o estatismo e a estagnação generalizada que produziam.

Em 1960, segundo o historiador Andrew Stuttaford, o Reino Unido ostentava a economia mais produtiva da Europa, mas isso foi antes do Partido Trabalhista chegar ao poder e estatizar quase todas as indústrias.

A metade da década de 1970 foi difícil para a maioria das economias ocidentais, mas o Reino Unido “parecia estar em um inferno próprio”, diz Stuttaford. A inflação subiu 300%. O produto interno bruto caiu, o desemprego aumentou, a libra desmoronou, a indústria cedeu, “e alguns dos melhores e mais brilhantes da Grã-Bretanha foram embora”.

O inverno de 1978 foi caracterizado por imagens grotescas de mortos insepultos, de doentes sem tratamento, de lixo se acumulando nas ruas na Inglaterra.

Apenas alguns meses depois, prometendo mudanças radicais, Margaret Thatcher entrou na 10 Downing Street e começou a desestatizar o carvão, o aço e os serviços públicos; reduzir a inflação; estimular o crescimento econômico; e se recusou a ceder às demandas draconianas dos sindicatos de trabalho. 3

Quinta pergunta: Qual o problema do Socialismo?

“O problema com o Socialismo é que eventualmente o dinheiro das outras pessoas acaba”.

“O Socialismo não mede esforços para impor as suas ideias que aparentemente são de compaixão pelo pobre, e isso lhes dá uma desculpa para impor a sua vontade sobre outros ilegalmente, chegando até extremos de cadeia e assassinatos”.

Para o socialista, não se deve impor nenhuma restrição para ajudar os pobres; consideram isso direito constitucional, que aparentemente soa generoso, mas cria uma dependência de longo prazo e desencoraja o trabalho, o esforço.

Antes que um único regime socialista se estabelecesse, diz O’Sullivan, escritores do século 19 como Fiódor Dostoiévski, W. H. Matlock e Rudyard Kipling viram “os horrores que estavam ocultos na promessa humanitária do socialismo”.

Seu exame de país após país, refuta a desculpa desgastada de que o Socialismo nunca foi tentado.

Nos estágios posteriores do comunismo soviético, por exemplo, uma mulher se vendia por um par de jeans; na Venezuela hoje, “as pessoas trocam heranças de família por um pouco de comida”.

Sexta pergunta: O Socialista realmente defende o meio ambiente?

Shawn Regan, Vice presidente do PERC, (Property and Environment Research Center) que é um instituto de investigação dedicado à promoção da conservação do meio ambiente sem prejudicar o mercado de trabalho, diz que os mercados, não os burocratas, são melhores para o meio ambiente, apontando que a Europa Oriental e a União Soviética “são os lugares mais poluídos e degradados do planeta”. 4

Ele cita o economista Murray Feshbach e o jornalista Alfred Friendly Jr. ao escreverem que, quando os historiadores realizam uma autópsia do comunismo soviético, “eles podem chegar ao veredito de morte por ecocídio”.

Os socialistas cubanos ao maximizar a produção a todo custo “causaram uma extensa poluição do ar, do solo e da água”.

Na Venezuela, as políticas socialistas contaminaram o abastecimento de água potável, alimentaram o desmatamento desenfreado e causaram frequentes derramamentos de óleo. A principal culpada é a estatal de energia.

Mas a esquerda se recusa a ver a realidade dos fatos.

Sétima pergunta: E o Sistema de Saúde nos Países Socialistas?

O jornalista especialista em saúde Avik Roy, explica os problemas do sistema de saúde britânico tão amado pelos socialistas. Ele diz: Imagine uma loja de sapatos com apenas uma marca de tênis. E agora aplique isso aos cuidados médicos.

O sistema de saúde britânico é financiado inteiramente por impostos e é “gratuito” para os pacientes.

Como então se evita o consumo excessivo e controle dos custos? De duas maneiras. 

Roy diz que existem duas formas principais: primeiro, controlando os honorários que médicos, hospitais, empresas farmacêuticas etc., recebem; e segundo, “restringindo agressivamente os serviços caros que, de outra forma, explodiriam” o orçamento da saúde.

Apesar da opinião contrária de Bernie Sanders, senador Norte-Americano, Roy afirma que o National Health Service não é um paraíso.

Os médicos do NHS (National Health Service) “rotineiramente” ocultam dos pacientes informações sobre novas terapias, pelas quais o serviço não paga, para não “incomodá-los, aborrecê-los ou confundi-los”.

Pacientes terminais são “classificados incorretamente” como próximos da morte, para permitir a retirada de suportes de vida caros. A maioria dos pacientes do NHS, espera cinco meses para uma cirurgia de quadril ou joelho, diz Roy, mas os tempos de espera reais são piores: 11 meses para quadris e 12 meses para joelhos, em comparação com uma espera de três a quatro semanas para esses procedimentos nos Estados Unidos. 5

Oitava pergunta: O que acontece hoje no mundo com relação ao Socialismo?

Enquanto a Europa está deixando o Socialismo, ele está sendo implantado numa terra nova, como a América do Sul. Enquanto isso na Europa, vimos a eleição da conservadora Georgia Meloni para primeira-ministra na Itália e o crescimento do conservadorismo na França, onde a conservadora Marine Le Pen que teve 41% dos votos.

Embora o estado de bem-estar francês seja frequentemente oferecido como um exemplo brilhante de progressismo, Pascal-Emmanuel Gobry, membro do Centro de Ética e Políticas Públicas, declara que você deve olhar para “a França real, não a França fantasiosa da propaganda progressista”.

Ele desafia a elite francesa, que acredita ter o direito de “ordenar a sociedade para o benefício de todos”.

Dados os resultados de sua liderança – baixo crescimento, desemprego em massa, conflitos sociais e um clima geral de pessimismo – Gobry sugere que “eles podem querer repensar sua ideia de progresso”.

Mesmo os países nórdicos que os socialistas na América adoraram citar como referência de sucesso, estão se despojando das empresas estatais.

Empresas estatais razoavelmente bem-sucedidas, como as ferrovias suíças, “foram convertidas em sociedades anônimas ou reformadas de outras maneiras, orientadas para o mercado”.

Nona pergunta: Qual o problema REAL do Socialismo?

O socialismo não é apenas ou principalmente uma doutrina econômica, conclui o autor britânico Theodore Dalrymple, “é uma revolta contra a natureza humana”. A doutrina socialista se recusa a acreditar que o homem é uma criatura decaída e procura melhorá-lo “tornando todos iguais”.

O desenvolvimento do Novo Homem foi e é o objetivo de todas as tiranias comunistas, começando com a União Soviética.

Apesar dos resultados desastrosos quando esses sonhos fúteis são levados a sério por homens implacáveis ​​no poder, diz Dalrymple, há aqueles que continuarão a sonhar com “uma vida tão perfeitamente organizada que todos serão felizes”.

Mas a real transformação no homem só é dada através de um relacionamento com seu Criador, uma experiência espiritual, que transforma o homem numa nova criatura, conforme aprendemos na Bíblia.

A Bíblia usa a expressão “nascer de novo” para se referir a um novo início no relacionamento entre Deus e a pessoa que nasce de novo. (João 3:3, 7) Deus adota os que nascem de novo como seus filhos. (Romanos 8:15, 16; Gálatas 4:5; 1 João 3:1) Quando uma pessoa é adotada, a situação dela muda, porque ela começa a fazer parte de uma família. Da mesma forma, quando alguém nasce de novo, passa a fazer parte da família de Deus. (2 Coríntios 6:18).

O problema real do Socialismo ou do Comunismo, é que ele quer substituir Deus por esse humanismo, e por isso persegue grupos religiosos como temos visto em países socialistas.

Décima Pergunta: Qual é a nossa missão?

Expor as promessas impossíveis dos socialistas.

O socialismo não é compatível com Constituições que pregam liberdade como a Americana e a Brasileira.

O socialismo é responsável pela morte de milhões.

O socialismo é muito bom em gerar vastas carências das coisas essenciais da vida.

O Socialismo tenta nos tornar todos iguais tirando a identidade das pessoas. Os valores absolutos são negados e substituídos por valores subjetivos, condicionados às transitórias emoções humanas;   as palavras perdem seu significado real e são substituídas por um significado falso, em que o resultado é o caos.

O Socialismo é muito bom em prometer todos os benefícios que nunca veremos.

O Socialismo nunca funcionou na Grã-Bretanha. Precisou de uma conservadora como Margareth Thatcher, para arrumar a Grã-Bretanha, naqueles anos.

O Socialismo foi responsável por tornar a Europa Oriental e a União Soviética nos lugares mais poluídos e degradados do planeta.

A medicina estatal praticada na Grã-Bretanha e no Canadá é ruim para a saúde das pessoas.

A transformação real do ser humano só é através de um novo nascimento num relacionamento e compromisso com Deus através de Jesus.

O que precisamos fazer? Depende de você e de mim. Devemos trabalhar expondo a fraude e fracasso que é o socialismo, com o objetivo de recuperar a nossa cultura e nosso país. 6


[1] https://brasil.elpais.com/internacional/2020-02-06/venezuela-reconhece-inflacao-de-9500-em-2019.html

  1. https://en.wikipedia.org/wiki/Socialism[]
  2. The Heritage foundation – Case against socialism – Lee Edwards, Ph.D[]
  3. ibid[]
  4. https://www.perc.org/about-us/what-we-do/[]
  5. ibid[]
  6. ibid[]
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What a Hell !!

The Nature and Duration of Punishment

The Nature of Hell/ The Nature and Duration of Punishment

Russel, the founder of JW, was sixteen years old when he became a skeptic because he couldn’t accept the doctrine of hell. 1 In 1879 Russel attended a lecture on hell given by Advent Christian Church leader Jonas Wendell. Relieved that there was no eternal conscious punishment Russel’s faith in the Bible was restored. 2

Professor Allan Gomez says that the discussion on the annihilationist’s arguments against the doctrine of eternal conscious punishment for the wicked revolves around only two main points:

Does the wicked experience conscious torment? and Do they suffer this torment eternally?

He says: “But I believe that there are two sets of texts that answer these two questions conclusively. One set of passages comes from Matthew 25; the other verses come from the Book of Revelation 14:9-11; 20:10 3

“The Nature of Hell (Matthew 25:41, 46)

[v. 41] “Then He will also say to those on His left, ‘Depart from me, accursed ones, into the eternal fire [to pur to aionion] which has been prepared for the devil and his angels….’ [v. 46] And these will go away into eternal punishment [kolasin aionion], but the righteous into life eternal [zoen aionion].” 4

We observe first of all that the wicked share the same fate as Satan and his demonic hosts. Indeed, this text tells us that hell was created specifically for Satan and his angels. As followers of Satan, impenitent men will meet the same fate as he. This is significant because when we look at other passages in the Book of Revelation that speak of the Devil’s fate (see below), we are fully justified in ascribing this same fate to unredeemed men.” Notice that this passage describes hell as a place of “eternal fire.” Should we understand this to mean literal, material, and physical fire? Or should we regard the expression as metaphorical language, designed to convey an awful spiritual reality through physical language? Most conservatives — who affirm the doctrine of eternal, conscious punishment — would say that this is metaphorical language. For one thing, the rich man in Luke 16:24 is described as being in agony in the flames. He is also described as having a tongue, and Lazarus is said to have a finger. But this scene occurs in Hades, during the disembodied state between death and resurrection. It is therefore difficult to see how a nonphysical being could have a literal tongue, much less be tormented by literal, physical fire. The same would apply to the other physical metaphors used to describe hell, such as the undying worm (Mark 9:48) and the chains of darkness (Jude 6). 5

The Nature of Punishment (Revelation 14:9-11; 20:10)

[14:9] “…If anyone worships the beast and his image… [14:10] he will be tormented [basanisthesetai] with fire and brimstone in the presence of the holy angels and in the presence of the Lamb. [14:11] And the smoke of their torment [basanismou] goes up forever and ever [eis aionas aionon]; and they have no rest day or night, those who worship the beast and his image,… [20:10] And the Devil who deceived them was thrown into the lake of fire and brimstone, where the beast and the false prophet are also; and they will be tormented [basanisthesontai] day and night forever and ever [eis tous aionas ton aionon].” 6

These texts describe the nature of the punishment as “torment.” The words used in these texts are forms of the Greek word basanizo. As Thayer states, basanizo means “to vex with grievous pains (of body or mind), to torment.” Likewise, Arndt and Gingrich say that basanizo means “to torture, torment,” and may apply to either physical or mental vexation. When we examine the uses of the verb basanizo and its various noun forms throughout the New Testament, we see that great pain and conscious misery are in view, not annihilation or cessation of consciousness. For example, the centurion’s sick servant is grievously tormented (deinos basanizomenos) by his palsy (Matt. 8:6). Revelation 12:2 uses the verb to describe the pains of childbirth. In 2 Peter 2:8, righteous Lot is described as tormented (ebasanizen) in his soul by the wicked deeds of the Sodomites. In Luke 16:23 and 28, the plural noun “torments” (basanoi) is used to describe the rich man’s conscious suffering in Hades. Indeed, in verse 28 Hades is described as “the place of torment” (ho topos tou basanou). 7

The Duration of Punishment in Revelation

When we considered Matthew 25:46 above, we noted that aionos can, in some contexts, qualify nouns of limited duration. (Though, as we also observed, the context of Matthew 25 demands that we take aionios in its unlimited signification there.) But here, we find the emphatic forms eis aionas aionon and eis tous aionas ton aionon (“unto the ages of the ages”). This construction is only used to describe unending duration. As Sasse points out, the “twofold use of the term [aionios]” is designed “to emphasize the concept of eternity.” The fact that the forms used are plural in number further reinforces the idea of never-ending duration. Speaking of the Greek construction in this verse, the great biblical commentator R. C. H. Lenski observes: “The strongest expression for our ‘forever’ is eis tous aionan ton aionon, ‘for the eons of eons’; many aeons, each of vast duration, are multiplied by many more, which we imitate by ‘forever and ever.’ Human language is able to use only temporal terms to express what is altogether beyond time and timeless. The Greek takes its greatest term for time, the eon, pluralizes this, and then multiplies it by its own plural, even using articles which make these eons the definite ones.” 8

This same emphatic construction is found in Revelation 1:6; 4:9; and 5:3, where it refers to the unending worship of God. Revelation 4:10 and 10:6 it is used to describe God’s own endless life. And in Revelation 22:5 the construction is employed to characterize the everlasting reign of the saints. 9

Note also that the unending nature of the torment is shown by the fact that the expression “day and night” is used to describe its duration. The expression “day and night” is indicative of ceaseless activity. This same phrase is used of the never-ending worship of God in Revelation 4:8 and 7:15. By juxtaposing the words “day and night” with “forever and ever” in 20:10, we have the most emphatic expression of unending, ceaseless activity possible in the Greek language. In summary, these verses from Matthew and Revelation are more than adequate to answer the two questions before us. The language is unambiguous, emphatic, and conclusive. These verses by themselves should be sufficient to settle the argument forever. 10

Jesus more than anyone annunciated the doctrine of everlasting torment for the lost. He was a perfect manifestation of love and justice and stooped to become one of us and bore the vengeance of God’s fire. If God should open our eyes to understand the terrible price He paid, we would in that instant comprehend the awful guilt of spurning that price. If those who scorned the old covenant were consumed with the fire of this present age, “how much severer punishment do you think he will deserve who has trampled underfoot the Son of God and has regarded as unclean the blood of the covenant” (Heb. 10:29)? 11

Professor Jones in his book “Why God Allows Evil” says that occupants of hell will remain eternally unrepentant and it is consistent with the Scriptures. Why should we think they will ever repent? When God’s wrath is poured out on the wicked in Revelation 16:9, we read that “they were seared with intense heat and they cursed the name of God, who had control over the plagues, but they refused to repent and glorify Him” 12

It seems that Russel’s sentimentalism assumed that in heaven our feelings about others will be as present and our joy in the manifesting of God’s justice will be no greater than it is now, says Professor Gomez.  

These arguments clearly refute JW’s arguments. What do you think?

  1. Robert Bowman, Jehovah’s Witnesses (Grand Rapids: Zondervan, 1995), 9.[]
  2. Ibid., 10.[]
  3. http://www.bible-researcher.com/hell4.html[]
  4. Ibid.,[]
  5. Ibid.,[]
  6. http://www.bible-researcher.com/hell4.html[]
  7. Ibid.,[]
  8. Ibid.,[]
  9. Ibid.,[]
  10. http://www.bible-researcher.com/hell4.html[]
  11. Ibid.,[]
  12. Jones, Why God Allows Evil (Oregon: Harvest, 2017), 99[]
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Understanding Inerrancy of Bible

The doctrine of Inerrancy has been long an emphatic affirmation of the Christian theological tradition in both Catholics and Protestants. 1 But it has been looked at with considerable suspicion starting from the first decades of the twenty-first century, many skeptics considered the doctrine as a shibboleth.

But if the Bible contains errors then Christians are faced with a bigger problem. What is true and what is not true in the Bible? What is at stake is the shipwreck of our faith. How can we trust Paul and the others when they wrote that God resurrected Jesus from the dead? How can we believe that God will keep his promises if he could not keep his Word true through the centuries?

I don’t think that the inerrancy was a theory that was developed through the centuries but Jesus and the apostles themselves looked upon the entire truthfulness and utter worthiness of the Scripture. 2 I understand that the inerrancy of the Bible is that the Bible does not contain errors.

The authors inspired by the Holy Spirit wrote exactly what God wanted. The text we have today is what the Holy Spirit inspired the authors to write. God revealed Himself through special revelations that were given directly from Him. These revelations were recorded in books as God told his prophets to do so, like in Jeremiah 30:2. “Write in a book all the words I have spoken to you”. Paul wrote in 2 Timothy 3:16-17 “All Scripture is God-breathed (Gk. theopneustos).

Paul Wegner explains that this process is not just that God breathed life into the words of an author after he had written them; if this was the case, they would be primarily man’s words. 3 God was intimately involved in the lives of the authors that He knew what they would say and even how they would say it. 4 The individual personalities were thus combined with the indwelling, guiding work of the Holy Spirit to Create Scripture. 5

My understanding of the relationship of inerrancy to the doctrines of inspiration and infallibility is that the infallibility of Scripture does not rest on the infallibility of the human writers but on the integrity of God. 6 Because God is perfect, His Word is perfect and Scripture is perfect. It takes into account God’s character and the nature of his dealings with humans in the world. God used imperfect faulty men to write His Words but inspiration is not the elimination of all human involvement in the production of Scripture. Yet, the critical biblical affirmation of the inspiration is of the inspiration of the text. 7

So, God used fallible and faulty human beings and words as his own words. While inspiration and inerrancy are not synonyms, God is not a man that he should lie (Numbers 23:19). The text is God-breathed and it is the unfailing veracity of God that gives a truthful character to the text. 8 We don’t need to solve all difficulties in the Bible but it doesn’t mean it is not true, perhaps we need more time studying it.

The purpose of the Bible is to bring us in fellowship with Christ. 9 God created the human language and there is no reason why genuinely human language or a genuinely human text must be fallible or contain errors. 10 When difficulties arise, it is an invitation to engage in Scripture that is unfailingly true and always speaks and acts in accordance with the nature of God. 11

Joel M Stevao

  1. James K. Hoffmeier and Dennis R. Magary, Do Historical Matters Matter to Faith? (Illinois: Crossway, 2012),71.[]
  2. James K. Hoffmeier and Dennis R. Magary, Do Historical Matters Matter to Faith? (Illinois: Crossway, 2012),77.[]
  3. Paul G Wegner, The Journey from Text to Translations: The Origin and Development of the Bible (Baker: Grand Rapids, 2004), 29.[]
  4. Ibid.,29.[]
  5. Ibid.,29.[]
  6. James K. Hoffmeier and Dennis R. Magary, Do Historical Matters Matter to Faith? (Illinois: Crossway, 2012),84.[]
  7. Ibid.,95.[]
  8. Ibid.,96.[]
  9. Ibid.,97.[]
  10. Ibid.,94.[]
  11. Ibid.,97.[]
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Apologética Cristã Religião

Aplicação da Lei mosaica à vida do cristão

Joel Stevao

Desde o início da Igreja, os cristãos têm enfrentado o dilema entre a continuidade e a descontinuidade da Lei mosaica. O crente é obrigado a guardar a lei? Como os cristãos se relacionam com o sábado? Neste trabalho vou argumentar que a Lei Mosaica e seu propósito regulatório foram destinados por um período, para o povo de Israel, fornecer diretrizes para seu relacionamento com Deus sob a Antiga Aliança e os cristãos estão sob uma nova aliança e sujeitos à Lei de Cristo, lei que se cumpre amando a Deus e ao próximo como a si mesmo. (Marcos 12:28-31).

O Propósito da Lei Mosaica no Antigo Testamento     

               O primeiro propósito da Lei mosaica era mostrar a graça de Deus para com Israel, Seu povo. Abraão foi chamado dentre os gentios como pai da nação de Israel porque Deus escolheu entrar em um relacionamento especial com eles. Israel tornou-se a possessão preciosa de Deus (Ex.19.5) das nações do mundo. O segundo propósito era a provisão para se aproximar de Deus que pretendia que Israel se tornasse uma nação santa “um reino de sacerdotes” (Ex.19.6) e funcionasse como uma bênção para aqueles já redimidos. A terceira era explicar como viver a vida de fé e agradar a Deus. 1

A Lei de Moisés Não Pode Salvar

Os teólogos concordam que a Lei não tinha promessa salvífica devido à natureza pecaminosa dos homens, tornando-os incapazes de guardar a Lei inteira, que é um requisito para ser salvo. O apóstolo Paulo disse que “a lei de Moisés foi incapaz de nos salvar por causa da fraqueza de nossa natureza pecaminosa. Então Deus fez o que a lei não podia fazer. Ele enviou seu próprio Filho em um corpo como os corpos que nós pecadores temos. E naquele corpo Deus declarou o fim do controle do pecado sobre nós, dando seu Filho como sacrifício pelos nossos pecados.” (Romanos 8:3). A incapacidade da lei de salvar é ensinada abertamente no Novo Testamento. Paulo falou a uma audiência em Antioquia explicando que “por meio dele (Jesus), todo aquele que crê é justificado de tudo o que você não pode ser justificado pela lei de Moisés” (Atos 13:39). 2 Vemos ensinamentos semelhantes no Novo Testamento, onde Pedro falando em uma reunião em Jerusalém, relata sua experiência onde um grupo de fariseus queria que os gentios fossem circuncidados e obrigados a guardar a Lei de Moisés, mas Pedro se levantou e perguntou a eles: “Agora, então, por que você tenta provar a Deus, colocando sobre o pescoço dos gentios um jugo que nem nós nem nossos antepassados pudemos suportar? E Pedro responde à sua própria pergunta dizendo “Não! Acreditamos que é pela graça de nosso Senhor Jesus que somos salvos, assim como eles são”. (Atos 15:10-11).

Encontramos mais discussão em Romanos 7, onde Paulo explica que, embora a lei fosse boa, o pecado produziu a morte porque a lei o fez saber o que é o pecado. (Romanos 7:7). Isso não significa que a lei era ruim, pelo contrário, era santa, justa e boa, mas incapaz de salvar.

            Como o professor Moo coloca desta forma “Paulo resume em Romanos 8:3, a lei não pode resgatar do poder do pecado porque a lei é “enfraquecida pela carne (NVI ‘natureza pecaminosa”). Paulo novamente aqui descreve a pecaminosidade humana como a razão pela qual a lei não pode trazer salvação. 3

A Lei de Moisés e a Lei de Cristo

               O apóstolo Paulo ensina que os cristãos não estão vinculados à Lei de Moisés, mas vinculados à Lei do Espírito de Cristo. Paulo argumenta que a lei dada no Sinai não reivindica aqueles que crêem em Cristo, sejam gentios ou judeus. Lemos em Gálatas 2:15 que ninguém é justificado pelas obras da Lei, mas pela fé em Cristo Jesus. Paulo explica em Gálatas 17-21 que a Lei de Cristo não é uma licença para viver em pecado ou então alguém seria um transgressor da lei, mas porque a justiça foi obtida não pela Lei Mosaica, mas pela fé em Cristo por meio de Sua morte na Cruz.

            Paulo afirma vigorosamente em Gálatas 3:10-14 que aqueles que confiam na obra da lei são amaldiçoados porque era impossível fazer tudo o que a lei exige. Alguém teria que viver de acordo com a lei para ser justificado, mas por causa de nossa incapacidade de cumpri-la, não poderia ser justificado. A fé em Cristo é o tema central da pregação de Paulo e como a lei não era baseada na fé (v.12) a lei era uma maldição, mas Cristo nos redimiu da maldição da lei tornando-se uma maldição por nós. Paulo continua dizendo que “Ele nos resgatou para que a bênção dada a Abraão chegasse aos gentios por meio de Jesus Cristo, para que pela fé recebêssemos a promessa do Espírito”. (v.14) 

Liberdade em Cristo

            O apóstolo Paulo continua a advertir os gálatas no capítulo cinco que Cristo nos libertou do jugo da lei mencionando que ser circuncidado era voltar à escravidão e para aqueles que estavam tentando ser justificados pela lei caíram da graça desde circuncisão ou não circuncisão não tinha valor. Paulo não faz distinção entre o Decálogo e o restante da lei quando diz que “todo aquele que se deixa circuncidar era obrigado a guardar toda a lei” (v.3).

            Para Paulo, aqueles que estavam tentando fazer com que a igreja ficasse sob a lei eram agitadores e exortavam a igreja a não ter outra visão.

Padrões Morais na Lei Mosaica e na Lei de Cristo

               A lei moral de Deus não mudou na nova aliança. A Lei de Cristo é a contrapartida da Lei de Moisés e assim como a Lei Mosaica era normativa para os judeus, a Lei de Cristo é obrigatória para o cristão. Ambos são aplicações específicas de Os padrões morais eternos de Deus. 4

            Paulo apela aos gentios para que se envolvam em um comportamento ético andando no Espírito (Gl 5:16) e sendo guiados pelo Espírito e cumprindo a Lei de Cristo levando os fardos uns dos outros (Gl 6:2). Paulo explicou que se andarmos sob a Lei do Espírito, não satisfaremos os desejos da carne, porque eles estão em conflito uns com os outros e não se deve fazer o que a carne deseja. Aqueles que vivem segundo a carne produzirão frutos da carne e não herdarão o Reino de Deus (Gl 5:21). Parece haver uma aparente contradição no fato de que, novamente, estamos vinculados a um conjunto de regras e regulamentos para obter a aprovação de Deus, mas esse não é o caso. Como expliquei antes, obedecendo a toda a lei não se pode ser salvo, mas obedecer à Lei de Cristo resulta em Salvação que é feita somente pela fé em Cristo. João escreveu se guardamos os mandamentos de Jesus, sabemos que estamos Nele e se estamos Nele devemos viver como Jesus viveu (1 João 2: 3-6). A Lei de Cristo se cumpre em amar a Deus sobre todas as coisas (Mt 22: 37) e ao próximo como a si mesmo. (Gl 6:2).

            O professor Strickland resume que a Lei Moral expressa na Lei Mosaica sob a antiga aliança tem seu paralelo com a Lei de Cristo sob a nova aliança, para que o crente hoje possa conhecer a vontade moral de Deus. 5

O Cumprimento da Lei

               É importante mencionar que a Lei Mosaica não foi apenas descartada como um moderno lançável, usada uma vez e descartada, ela ainda era Escritura e embora tudo nela não fosse mais aplicável, ela ainda podia instruir quando usada com plena compreensão de sua lugar e propósito. 6

Jesus negou qualquer desejo de abolir a Lei ou os profetas, mas em vez disso Ele predisse seu cumprimento (Mateus 5:17-18). Jesus cumpriu a Lei de várias maneiras: Primeiro, ele cumpre o sistema sacrificial. Os sacrifícios na Lei não podiam tirar pecados (Heb. 10:3), tinham que ser repetidos continuamente (Heb. 7:27), e eram oferecidos por um sacerdote imperfeito e finito. (Heb. 7:23-28). Segundo, Jesus cumpre a justiça da Lei que ninguém pode ser considerado justo apenas observando a Lei (Rm 3:20). Assim, em Cristo, somos justificados diante de Deus. (2 Coríntios. 5-21).

            O foco não deve estar em guardar a Lei como um sistema de mérito, mas em Jesus Cristo 7

O Sábado Mosaico

               A ordem do sábado foi dada aos israelitas em Êxodo 20:8. “Lembre-se do sábado para santificá-lo”. A principal característica desse comando foi a ausência de trabalho regular neste dia. Todos deveriam parar de sua rotina diária de trabalho, homens ou mulheres, animais e peregrinos, igualmente deveriam parar e descansar. Qualquer um que o profanasse deveria ser morto (Ex. 31:14). Como parte da obediência total, havia a preocupação de que todos compartilhassem os benefícios e privilégios da liberação do trabalho diário para “fins humanitários (Ex. 23:12) 8

O sábado também foi dado como um memorial da atividade redentora de Deus ao libertar o povo do Egito (Dt 5:15).

O Quarto Mandamento e o Decálogo

            Os cristãos que guardam o sábado apelam ao quarto mandamento como uma lei moral eterna válida e deve ser normativa para todos os povos da mesma forma que o restante do Decálogo. Eles aceitam que a maior parte da Lei foi anulada ou cancelada como o sistema sacrificial, mas insistem que o Decálogo ainda permanece, pois tem um status especial na Aliança, mas o Antigo Testamento não faz distinção entre a Lei Mosaica e o Decálogo, eles são vistos como um. Encontramos em Êxodo 34:28 que os Dez Mandamentos eram as palavras da aliança, também Deuteronômio 4:13 fala dos Dez Mandamentos como a aliança de Deus. A formulação do Decálogo é em si mesma pactual e sublinha o fato de que é uma miniatura de toda a aliança mosaica. 9

O professor Kline explica que o Decálogo é o elemento usado como pars pro toto, a “parte tomada ou que representa o todo”. 10

Assim como a aliança mosaica como um todo deve ser vista como uma expressão particular de Deus para Seu povo durante um tempo de sua história, o Decálogo deve ser visto sob a mesma luz. 11

Professor A. T. Lincoln explica que os Dez Mandamentos foram dados a um cenário específico e a razão deve ser vista como o regulamento da vida de Israel sob a aliança mosaica. Eles fornecem uma expressão da vontade de Deus para seu povo naquele estágio de sua história. A influência contínua desses mandamentos dependerá, portanto, não do status do Decálogo, mas da relação com a reflexão posterior e mais completa do caráter de Deus e o cumprimento da vontade de Deus para Seu povo, ambos podem ser vistos em Cristo. É este fator o único critério para decidir se o quarto mandamento, em particular, tem força continuada como lei moral e não o fato de fazer parte do Decálogo. 12

O Decálogo faz parte da Lei Mosaica e acredito que se alguma parte deve ser mantida como normativa para todas as pessoas, então toda a Antiga Aliança também deve ser mantida, incluindo o sistema sacrificial.

Como os cristãos se relacionam com o sábado

               Para responder à questão de como os cristãos se relacionam com o sábado, é valioso olhar para a igreja no Novo Testamento. As igrejas paulinas seguiam os ensinamentos de Paulo e não guardavam o sábado. Alguns cristãos judeus estavam observando o sétimo dia, assim como alguns cristãos gentios. A passagem em Gálatas 4:8-11 fornece evidências de que os cristãos judeus estavam guardando o sábado e ensinando os gentios a fazê-lo. Paulo escreve “Você observa dias e meses e estações e anos (4:10). Os dias quase certamente se referiam aos sábados, os meses às luas e as estações às grandes festas. 13

Parece que eles estavam pregando todo o sistema legal judaico como necessário para a salvação e Paulo o condena muito duramente. Paulo considera que essas observâncias remontam à escravidão (Gl 4:9) e que ele pode ter desperdiçado seus esforços nelas (Gal.4:10). Sua reação mais forte foi ao fato de que eles estavam ensinando a observância do sábado como necessária para a salvação.

            Quando os apóstolos se reuniram no concílio de Jerusalém em Atos 15, houve uma discussão levantada por alguns fariseus de que a circuncisão deveria ser imposta aos gentios para que fossem salvos. Pedro e Tiago falaram contra tal circuncisão e uma carta foi enviada aos gentios dizendo-lhes para evitar certos pecados, mas nunca mencionando guardar o sábado. Em Romanos 14:5 Paulo proíbe aqueles que observam o sábado de condenar aqueles que não o fazem. Paulo reconheceu que alguns estavam observando o sábado, mas quando o Evangelho não estava em jogo, ele mostrou aceitação e tolerância em relação à observância do sábado judaico-cristão, mas os considerou irmãos mais fracos que não haviam entendido completamente a transição da velha economia para a nova. 14

            A resposta para a pergunta de como os cristãos se relacionam com o sábado é que os cristãos não são obrigados a observá-lo, pois este foi um mandamento dado a Israel. Pode ser usado como dia de descanso físico como qualquer outro dia da semana, mas não é um mandamento e não é necessário para a salvação.

As responsabilidades do crente do Novo Testamento

               O crente deve apresentar seu corpo como um sacrifício vivo (Romanos 12-1), andar no Espírito (Efésios 5-9), rejeitar caminhos ímpios e desejos mundanos, e viver uma vida autocontrolada, reta e a era atual (Tito 2:12), e as razões pelas quais os crentes devem buscar viver com os preceitos da graça é porque agrada a Deus (Heb. 13:16), demonstra nosso amor por Cristo (João 14:15); ajudará os outros (Mt 5:16); trará verdadeira alegria e bênção aos nossos próprios corações (João 15:10-11). 15

Conclusão

               A Antiga Aliança ou Lei Mosaica foi dada ao povo de Israel por um tempo e uma Nova Aliança foi inaugurada por Cristo que é chamada de Lei de Cristo. A Lei mosaica cessou e foi descrita por Paulo como o ministério da morte, era transitória e não permanece mais, mas a Nova Aliança tem maior glória e perdurará. (2 Coríntios 3:7-11). O crente agora é governado pela Lei de Cristo que traz salvação através da fé em Jesus e nenhuma supervisão da lei é mais necessária. (Gl 3:25). A Lei Mosaica era boa, mas incapaz de salvar devido à nossa incapacidade de guardar todos os mandamentos. A Lei foi cumprida em Cristo. A Lei mosaica em si não é mais obrigatória para os cristãos. A observância do sábado também foi descontinuada, pois fazia parte da lei. Demonstrei que os padrões morais de Deus não foram alterados na Nova Aliança, pois Deus foi capaz de implementar suficientemente seus padrões morais sem a legislação moral mosaica anterior à economia mosaica, ele pode comunicar e impor sua ética sem a aliança mosaica após o fim da economia mosaica. 16

A Lei Mosaica não se aplica à vida do crente hoje porque os crentes estão sob uma nova Lei que é a Lei de Cristo.                   

 Works Cited

  1. Greg L. Bahsen, Walter C Kaiser Jr, Douglas J. Moo, Wayne G Strickland, Willem A. VanGemeren, Five Views on Law and Gospel (Grand Rapids: Zondervan, 1999), 236-405
  2. Albert H. Baylis, From Creation to the Cross (Grand Rapids: Zondervan, 199), 138.
  3. Luck, G. Coleman, Christian Ethics, Bibliotheca Sacra (Dallas: July, 1961), 118 – 471, Theological Electronic Library.
  4. M.G. Kline, Treaty of the Great King (Grand Rapids: Eerdmans, 1963), 23-26

  1. Greg L. Bahsen, Walter C Kaiser Jr, Douglas J. Moo, Wayne G Strickland, Willem A. VanGemeren, Five Views on Law and Gospel (Grand Rapids: Zondervan, 1999), 236-238.[]
  2. Greg L. Bahsen, Walter C Kaiser Jr, Douglas J. Moo, Wayne G Strickland, Willem A. VanGemeren, Five Views on Law and Gospel (Grand Rapids: Zondervan, 1999), 328.[]
  3. Ibid, p. 334.[]
  4. Greg L. Bahsen, Walter C Kaiser Jr, Douglas J. Moo, Wayne G Strickland, Willem A. VanGemeren, Five Views on Law and Gospel (Grand Rapids: Zondervan, 1999), 276-277.[]
  5. Greg L. Bahsen, Walter C Kaiser Jr, Douglas J. Moo, Wayne G Strickland, Willem A. VanGemeren, Five Views on Law and Gospel (Grand Rapids: Zondervan, 1999), 277.[]
  6. Albert H. Baylis, From Creation to the Cross (Grand Rapids: Zondervan, 199), 138.[]
  7. Ibid, p. 139.[]
  8. D.A.Carson, From the Sabbath to Lord’s Day (Oregon: Zondervan, 1982), 351-354.[]
  9. Ibid, p. 356.[]
  10. M.G. Kline, Treaty of the Great King (Grand Rapids: Eerdmans, 1963), 23-26[]
  11. D.A.Carson, From the Sabbath to Lord’s Day (Oregon: Zondervan, 1982), 356.[]
  12. Ibid, p. 358.[]
  13. Ibid, p. 366.[]
  14. D.A.Carson, From the Sabbath to Lord’s Day (Oregon: Zondervan, 1982), 367.[]
  15. Luck, G. Coleman, Christian Ethics, Bibliotheca Sacra, Dallas: 1961, 118 – 471, Theological Electronic Library.[]
  16. Greg L. Bahsen, Walter C Kaiser Jr, Douglas J. Moo, Wayne G Strickland, Willem A. VanGemeren, Five Views on Law and Gospel (Grand Rapids: Zondervan, 1999), 405.[]
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A Falácia da Doutrina Unitária

Ao ler Shedd e Steve Jefferey, chamou-me a atenção a importância dessa doutrina Cristã fundamental chamada Substituição Penal.

Essa doutrina é claramente ensinada nas Escrituras, mas negada pelo Unitarianistas e outros.

Muitas vezes não pensamos que Deus, o Pai, sofreu também e que somente Deus, o Filho, foi o único a sofrer com o sacrificio na Cruz.

Mas o teólogo Shedd (Teologia Dogmática) explica que “o auto-sacrifício que é feito pelo Filho ao se entregar para morrer pelos pecadores, envolve um auto-sacrifício feito pelo Pai na entrega do Filho para esse fim.”

A unidade do ser e da natureza entre o Pai e o Filho (Pai e Filho tem a mesma essência), faz com que os atos de auto-sacrifício na salvação do homem sejam comuns a ambos.

Shedd explica que se o Filho de Deus que sofre no lugar do pecador não for Deus, mas uma criatura, é claro que Deus Pai não se sacrifica para salvar o homem por meio da expiação vicária.

Se Deus, o Pai, e Jesus Cristo são dois seres tão diferentes entre si quanto dois homens o são, como ensina a doutrina Unitária, então de fato, a expiação vicária não exige misericórdia de Deus, o Pai.

A Doutrina Unitária é portanto uma falácia.

Nesse caso a doutrina da substituição penal se torna um ato bárbarico, injusto ou tolo.

Mas a Biblia ensina que o Filho de Deus é Deus e que quando Ele voluntariamente se torna o substituto do pecador para fins de expiação, é o próprio Deus que satisfaz a justiça de Deus.

Shedd escreveu: “Quando Deus deu o seu único filho a humiliação e morte, Ele não estava totalmente indiferente e não afetado pelo ato. Foi um verdadeiro sacrificio para o Pai entregar o filho amado como foi para o Filho entregar a si mesmo.” (Shedd- Dogmatic Theology page 694)

Dai entendemos melhor João 3:16 “Por que Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu filho unigênito para que todo aquele que nele crê não perece mas tenha a vida Eterna”  .

O Pai também sofreu o sacrificio do Filho na Cruz, portanto a crucificação não foi um ato barbárico, injusto ou tolo como dizem alguns, mas foi o próprio Deus tomando o nosso lugar para nos resgatar e trazer até a Ele.  

A Jesus nosso Salvador seja toda Honra e Glória pelos séculos dos séculos.

Amém.

Joel Marcos Stevão

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A crença em Deus como uma posição racional

Joel Stevao

A crença em Deus como uma posição racional

Os ateus negam a existência de Deus, mas neste ensaio explicarei por que a crença em Deus é uma posição racional. Existem quatro argumentos básicos usados ​​para provar a existência de Deus. Eles são chamados de argumentos cosmológicos, teleológicos, morais e ontológicos. Vou usar os argumentos cosmológicos ou de criação e teleológicos neste artigo.

Argumento da Criação ou Cosmológico

            Este argumento afirma que, uma vez que existe um universo, algo fora do universo fez com que ele existisse. Existem duas formas diferentes, a primeira é um universo que precisava de uma causa e a segunda argumenta que precisa de uma causa certa para continuar existindo. Pode-se afirmar assim: O universo teve um começo, tudo o que teve um começo deve ter sido causado por outra coisa e, portanto, o Universo foi causado por outra coisa que chamamos de “Deus”. 1

Os céticos rejeitam essa ideia de Deus e acreditam que o universo é eterno chamado de teoria do estado estacionário, que afirma que o universo está produzindo espontaneamente átomos de hidrogênio do nada. 2 Mas essa ideia é facilmente descartada, pois as evidências científicas apóiam fortemente a ideia de que o universo teve um começo, como o “Big Bang”, que é uma teoria amplamente aceita entre os cientistas. Além disso, a segunda lei da termodinâmica diz que o universo está ficando sem energia utilizável e, portanto, não pode ser eterno.

Outro argumento é o argumento filosófico. Esse argumento mostra que você não pode voltar no tempo para sempre e acreditar que o mundo teve uma hora de início. Norman Geisler explica da seguinte maneira: Você pode imaginar passar por um número infinito de pontos abstratos adimensionais em uma linha movendo seu dedo de um para outro, mas o tempo não é abstrato ou imaginário. As mudanças de tempo são reais e cada momento usa o tempo real e não podemos voltar atrás. É provável que esteja movendo seu dedo por um número infinito de livros em uma biblioteca. Você nunca voltaria ao último livro. Você nunca pode terminar uma série infinita de coisas reais, “Se o universo sempre existisse sem um começo, nunca teríamos passado pelo tempo para chegar ao hoje. 3 A segunda forma afirma que o Universo precisa de uma causa para sua existência contínua. Tomás de Aquino (1225-1275) usa cinco maneiras de provar a existência de Deus, quatro delas são argumentos cosmológicos. Na primeira, ele defendeu o movimento observável ou mudança para a existência de um Mover imóvel. Na segunda maneira, Tomás de Aquino argumentou dos efeitos no Universo que não podem por sua própria existência presente para sua causa não causada). Na terceira via, Tomás de Aquino defende que a existência de seres que têm a possibilidade de não-existência deve ter sua existência fundamentada por um Ser que não tem possibilidade de não-existência. Quarto, raciocinou Tomás de Aquino, visto que existem diferentes graus de perfeições, deve haver um ser mais perfeito. 4

Argumento do Design ou Teleológico

               Este argumento argumenta do design complexo para um designer inteligente. Primeiro, todo design complexo implica um designer. Segundo, o universo incluindo a vida tem um design complexo, aí, o universo deve ter tido um designer. 5

            Norman Geisler e Ronalds Brooks explicam da seguinte forma: Sempre que vemos um design complexo, sabemos por experiência anterior que ele veio da mente de um designer. Relógio implica relojoeiros; edifícios implicam arquitetos; Da mesma forma, quanto maior o design, maior o designer, mil macacos sentados em máquinas de escrever não escreveriam Hamlet, mas Shakespeare o fez em uma primeira tentativa. Quanto mais complexo o projeto, maior a inteligência necessária para produzi-lo. 6

Ray Comforter em seu blog, coloca desta forma:

“Primeiro, eu diria que posso provar que quem olha para um prédio e diz que não acredita que houve um construtor é um tolo. Isso porque um edifício é a prova absoluta de que houve um construtor. Edifícios não se constroem a partir do nada. Só um tolo acreditaria nisso. Em segundo lugar, eu diria que quem olha para uma pintura e acredita que não houve pintor é um tolo. A pintura é a prova absoluta de que existe um pintor. As pinturas não se pintam, do nada. Só um tolo acreditaria nisso. Então eu diria que a criação é uma prova 100% científica absoluta de que existe um Criador. A criação não pode criar a si mesma, a partir do nada. Mas é nisso que o ateu acredita – que nada criou tudo do nada. Isso é uma impossibilidade científica, e só um tolo acreditaria nisso.” 7

O design que vemos no universo é complexo. Mesmo o ateu Richard Dawkins admite em seu Book Blind Watchmaker, que a informação de DNA em um animal unicelular é igual a mil conjuntos de uma enciclopédia! 8

            Carl Sagan admite que o conteúdo de informação de um cérebro humano expresso em bits seria comparável ao número total de conexões entre neurônios, cerca de um trilhão, 10 a 14 bits de potência. Se escrito em inglês, seria o equivalente a vinte milhões de livros dentro de nossas cabeças. O cérebro é um lugar muito grande em um espaço muito pequeno. A neuroquímica de um cérebro é espantosamente ocupada, o circuito de uma máquina mais maravilhoso do que qualquer outro inventado por humanos. 9

            Alguns céticos se opõem a esse argumento com base no acaso, dizendo que quando você rola um dado, qualquer combinação pode ocorrer. Isso não é convincente, como explicado pelo professor Norman abaixo.

Primeiro, o argumento do design não é um argumento do acaso, mas do design, que sabemos, por repetidas observações, ter uma causa inteligente. A segunda ciência é baseada na observação repetida, não no acaso, então essa objeção ao argumento do design não é científica. Mesmo que haja uma chance de probabilidade, as mudanças são muito maiores se houver um designer. Um cientista calculou as chances de um animal de uma única célula surgir por puro acaso em 1 em 10 para os 40.000th potência. As chances de um ser humano infinitamente mais complexo surgir por acaso são altas demais para serem calculadas! 10 Portanto, é razoável concluir que deve haver um designer por trás do design deste mundo.

Conclusão

               Com base nos argumentos apresentados e explicados neste artigo, posso dizer com certeza que a crença em Deus é uma posição racional.


  1. Norman L. Geisler and Ronald M. Brooks, When Skeptics Ask: A Handbook on Christian Evidences ( Grand Rapids: Baker Publishing Books, 2013), 9-10[]
  2. Jastrow, God and the Astronomers (Toronto: George J. Mcleod Limited, 1992), 99[]
  3. Norman L. Geisler and Ronald M. Brooks, When Skeptics Ask: A Handbook on Christian Evidences ( Grand Rapids: Baker Publishing Books, 2013), 9-10 []
  4. Thomas Aquinas, Summa Theologiae (Westminster: Christian Classics, 1989),12-14[]
  5. Norman L. Geisler and Ronald M. Brooks, When Skeptics Ask: A Handbook on Christian Evidences, Grand Rapids: Baker Publishing Books, 2013, 14[]
  6. Norman L. Geisler and Ronald M. Brooks, When Skeptics Ask: A Handbook on Christian Evidences ( Grand Rapids: Baker Publishing Books, 2013), 14.[]
  7. Ray Comfort, Words of Comfort blog, July 23, 2008.[]
  8. Norman L. Geisler and Frank Turek, I Don’t Have Enough Faith to be an Atheist ( Wheaton: CrossWay Books, 2004), 116-118.[]
  9. Carl Sagan, Cosmos ( New York: Random House Publishing Group, 1980), 230.[]
  10. Norman L. Geisler and Ronald M. Brooks, When Skeptics Ask: A Handbook on Christian Evidences ( Grand Rapids: Baker Publishing Books, 2013), 16[]
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Public Reading of the Scriptures

Joel Stevao

A leitura pública das Escrituras na igreja primitiva era parte fundamental do culto. Encontramos nas cartas de Paulo uma série de recomendações para a leitura pública das suas epístolas. Em Colossenses 4:16, Paulo declara, “Depois que for lida esta carta entre vós, fazei que o seja também na igreja dos Laodicenses.” (AA). Em 1Tessalonissences 5:27, Paulo novamente reinforça que se faça a leitura das cartas, “Diante do Senhor, encarrego vocês de lerem esta carta a todos os irmãos.” (NVI). Também em 2 Coríntios 10:9, no contexto que Paulo está defendendo o seu apostolado ele menciona a leitura pública das duas cartas e expressa preocupação sobre o impacto delas sobre eles: "Não quero que pareça que estou tentando amedrontá-los com as minhas cartas”. [1]

A prática de ler as Escrituras como parte da adoração no culto, remonta a prática das sinagogas judias onde porções do velho testamento era rotineiramente lidas em alta voz. (Lucas 4:17-20, Atos 13:15, Atos 15:21).

Alguns afirmam que os evangelhos de Mateus e Marcos foram escritos com uma estrutura litúrgica que indicava que eles foram usados para a leitura pública durante todo o ano em adoração. [2]

Para os primeiros cristãos judeus convertidos na igreja primitiva era comum a leitura do Torah nas sinagogas, sendo que os evangelhos e as cartas de Paulo também eram considerados como escrituras sagradas tanto quanto os escritos dos profetas do velho testamento e eram lidas publicamente.

Justin Martin, apologista do segundo século escreveu o seguinte:

“No dia chamado Domingo, todos aqueles que moram na cidade ou no campo se reúnem um único lugar, e a memória dos apóstolos ou os escritos dos profetas são lidos, tanto quanto o tempo permite, então quando o leitor completa a leitura, o presidente verbalmente instrui e exorta que se imite essas coisas boas”.[3]

Essa memória dos apóstolos era referência aos evangelhos sendo o velho testamento também era lido. É interessante observar como Justin menciona primeiro a leitura das memórias dos apóstolos antes da leitura do Torah, mostrando que a leitura dos evangelhos precedia em importância à leitura do Torah.[4]

Kostenberger escreveu que essa comunidade cristã tinha uma preocupação e disposição para com os textos escritos e reconhecia a autoridade dos escritos dos apóstolos e a operação do Espírito Santo.[5]

Observo que na igreja atual não existe um incentivo para a leitura da Bíblia como adoração a Deus da maneira que foi ensinado por Paulo e feito na igreja primitiva. A igreja primitiva também cantava hinos, prática também trazida das sinagogas. Mas a leitura da Bíblia e o ensino tinham primazia sobre as outras coisas. Paulo exortou a Timóteo dizendo: “Dedique-se à leitura pública da Escrituras, à exortação e ao ensino. (Tim. 4:13).

Não precisamos copiar tudo exatamente como a igreja primitiva fazia, mas acho que precisamos trazer de volta a leitura da Bíblia nos cultos como adoração a Deus. Essa falta da leitura da Bíblia tem levado os cristãos a uma “falta de conhecimento bíblico”.

Estamos vivendo numa época onde estamos ficando famintos da Palavra de Deus e pouco a pouco estamos morrendo espiritualmente. Se isto parece exagero, aqui estão alguns dados de alguns estudiosos do assunto.

O professor do Wheaton College, Timothy Larsen, comenta que "foi demonstrado que o conhecimento bíblico continua a diminuir”. Pesquisas do Gallup confirmam a descendente estatística.

O teólogo Michael Vlach, em seus escritos “As Nove Questões Mais Importantes Enfrentadas pela Igreja Evangélica" cita a falta de conhecimento bíblico nas igrejas como preocupante. Ele concorda com a avaliação de George Barna, de que o corpo cristão na América está imerso em uma crise de falta de conhecimento da Bíblia".[6]

O estudioso do Novo Testamento David Nienhuis, resume sua compreensão da situação em um artigo intitulado "O Problema da Falta de Conhecimento Bíblico Evangélico: Uma Visão da Sala de Aula". No artigo ele diz:

 “Há mais de vinte anos, os líderes cristãos lamentam a perda do conhecimento bíblico geral na América.... Alguns entre nós podem ser tentados a buscar consolo no estranho reconhecimento de que nossa cultura é cada vez mais pós-cristã, mas para nosso constrangimento, no entanto, tornou-se cada vez mais claro que a situação realmente não é melhor entre os cristãos confessos, mesmo aqueles que afirmam manter uma alta consideração pela Bíblia.”[7]

A falta de leitura da Bíblia pode levar ao enfraquecimento da fé, pode levar a idolatria, a sermos sermos enganados pelo inimigo, enganados pelos falsos líderes religiosos, pelos falsos mestres e outros charlatões.

O mais importante é que Deus ordenou que devemos conhecer a sua palavra (Josué 1:8), por que ela traz luz para os nossos caminhos (Salmos 119:105), porque é nela que conhecemos a Deus (Jeremias 9:23-24), porque não só de pão vive o homem mas de cada palavra que sai da boca de Deus (Mateus 4:4), porque só nas Escrituras temos esperança (Romanos 15:4), porque ela que nos faz crescer para a salvação (1 Pedro 2:2), porque nos ajuda a não pecar contra Deus (Salmos 119:10-11), porque não teremos do que nos envergonhar (2 Timóteo 2:15), porque nos faz crescer na fé (Romanos 10:17), porque ela nos santifica (João 17:17), porque a Palavra de Deus é a verdade que nos liberta (João 8:32), porque as Escrituras não passarão (Mateus 24:35) porque nela encontramos a vida eterna (João 5:39-40).

[1] Andreas J. Köstenberger, The Heresy of Orthodoxy (Illinois: Crossway,2010), 133.

[2] Ibid.,114.

[3]  1 Apol, 67,3.

[4] Andreas J. Köstenberger, The Heresy of Orthodoxy (Illinois: Crossway,2010), 134.

[5] Ibid., 136.

[6] http://magazine.biola.edu/article/14-spring/the-crisis-of-biblical-illiteracy/ accessed on 9/1/2020

[7] https://thebattlecry49.com/2013/07/24/the-problem-of-evangelical-biblical-illiteracy-a-view-from-the-classroom-david-r-nienhuis/ accessed on 9/1/2020.

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Devemos Orar pelos Mortos no Purgatório?

Joel Stevao

A idéia de orar pelos mortos veio do livro de 2 Macabeus 12:44-45. O livro de Macabeus é um livro Apócrifo, que não faz parte do cânone hebraico mas acabou sendo aceito pela Igreja Católica no Concílio de Trend em 1545. Lutero lutou contra a aceitação desse livro mostrando que o Novo Testamento discordava das doutrinas escritas no livro de Macabeus, mostrando que os pais da Igreja no primeiro século não consideravam esse livro como divinamente inspirado incluindo Origen, considerado um dos maiores teólogos Bíblicos, além de Melito, Athanasius, Jerome e outros.

Os Judeus eram os guardiões dos seus livros sagrados e afirmavam que as profecias tinham acabado 400 anos antes de Cristo. Seus últimos profetas foram Ageu, Zacarias e Malachias, o Espírito Santo havia partido de Israel desde a morte deles afirmavam os Judeus. Eles sabiam extamente quais dos seus livros eram parte do cânone. Macabeus foi escrito no final do ségundo século antes de Cristo extamente nesse período que não havia inspiração divina mais. O cânone do Velho Testamento estava fechado.

As evidências que o cânone do Velho Testamento não contém o livro de Macabeus, são encontradas nos próprios pais da Igreja do primeiro século, que listaram os livros do Velho Testamento, em Josephus historiador do primeiro século que também listou os livros, Philo de Alexandria, judeu de alta educação no primeiro século citou o cânone hebraico distinguindo os livros Apócrifos como não inspirados e nas palavras do próprio Jesus em Lucas 24:44.

“E disse-lhes: São estas as palavras que vos disse estando ainda convosco: Que convinha que se cumprisse tudo o que de mim estava escrito na lei de Moisés, e nos Profetas e nos Salmos”.

Essa divisão em três partes do cânone hebraico era usado pelos Judeus no primeiro século e é citado como Escritura Divina pelo próprio Jesus. Nenhum escritor do Novo Testamento citou algum livro Apócrifo mas quase todos citaram livros que faziam parte do cânone hebraico, que é o mesmo cânone que temos hoje exceto a Igreja Católica que incluiu os livros Apócrifos.

Mas o livro de Macabeus não só contém erros históricos mas principalmente erros teólogicos como orar pelos mortos 2 Macabeus 12:43-45. Em Hebreus 9:27, afirma que o destino eterno que alguém só pode ser feito antes de sua morte.

A passagem em Lucas 16:19-31 é bem clara que o rico não pode voltar aos seus irmãos para avisar que se arrependam e não irem aonde ele está. A implicação é que se os irmãos pudessem passar tempo no Purgatório então não haveria motivo do rico querer voltar e avisar seus irmãos, eles seriam salvos com as oraçãos aos mortos. Mas não é isso que as Escrituras ensinam.

Se Jesus, os Apóstolos, os Judeus e escritores seculares do primeiro século nunca afirmaram a inspiração dos livros Apócrifos incluindo Macabeus, Lutero estava correto na sua afirmação que não havia evidências nenhuma para aceitar que Macabeus era um livro de inspiração Divina.

Lutero lutou contra a aceitação desse livro citando o Novo Testamento, os primeiros pais da Igreja e os líderes Judeus. A Igreja Católica respondeu cânonizando o livro de Macabeus e os livros Apócrifos em 1545. Lutero deixou a Igreja Católica convicto que os livros Apócrifos não faziam parte do cânone, não eram inspirados e continham erros que implicariam no destino eterno nas pessoas.

Não existe base nas Escrituras para o ensino do Purgatório e nem oração pelos mortos, esses ensinos contradizem todas as Sagradas Escrituras tanto o Velho como o Novo Testamento.


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Ortodoxia, Heresia e a Diversidade na Igreja

Joel Stevao

Vivemos numa época fascinada pela “diversidade”. Queremos diversidade em restaurantes, shopping centers e até mesmo nas igrejas e nos lugares de adoração. O que as pessoas estão buscando é uma variedade de opções, e se elas não gostarem do que estão vendo ou ouvindo transferem o seu “negócio” ou sua “adoração” para outro lugar.[1]

Ninguém pode dizer a ninguém o que fazer, todos possuem a verdade - a sua verdade. Vivemos numa época em que as pessoas se orgulham na sua independência, na sua rejeição à(s) autoridade(s) e por abraçarem o pluralismo.  

Pregam: a verdade está morta, vida longa à diversidade!

O grande problema é que o pluralismo está entrando nas Igrejas e distorcendo ou negando o que a Igreja já no primeiro século, havia adotado como Ortodoxia. Essa palavra no original grego é a junção de orthos (reto, correto) e doxa (opinion, glory) literally correct opinion or belief.

Walter Bauer, teólogo Alemão que nasceu na Prússia em 1877, em seu trabalho chamado “Ortodoxia e Heresia na Igreja Primitiva”, [2]afirma que a Igreja no primeiro século compreendia uma miscelânea de teologias e ideias, e que foi somente no concílio de Nicea que a Igreja Romana definiu aquilo o que seria ortodoxia, estabelecendo também os livros que seriam incluídos no cânone bíblico.

Um grupo de teólogos respondeu a tese de Bauer mostrando os erros históricos que ele cometeu e suas conclusões errôneas, alegando que suas conjecturas e argumentos são na maioria desproporcionais e totalmente baseadas na falta de evidências, ou seja, no silêncio destas. Outra questão alegada é que ele negou as evidências históricas do Novo Testamento, utilizando dados do segundo século para descrever a natureza do primeiro século.[3]

Bauer negou existirem padrões teológicos na Igreja primitiva, além de simplificar grosseiramente a figura da Igreja no primeiro século.[4]  Bauer tinha como objetivo combater a Igreja, e por fim não apresentou um trabalho científico baseado em dados e pesquisa, mas um que abrigava um modelo interpretativo falho.

Recentemente o teólogo cético Bart Ehrman, feroz oponente do Cristianismo e da Bíblia, aproveitando a fascinação pela diversidade dos tempos atuais, ressuscitou a tese de Bauer. Bart desonestamente não responde às críticas feitas já no século passado à Bauer, no entanto aproveita a fascinação pela diversidade da nossa época, para tentar ressaltar que os livros da Bíblia que fazem parte do cânone bíblico, foram resultado de escolhas aleatórias, determinado pela Igreja para o seu próprio benefício e conveniência. De acordo com esses teólogos, no princípio da Igreja havia “diversidade” teológica, ou seja cada um tinha suas próprias crenças, vindo somente depois a “Ortodoxia”. Contudo, nada poderia estar mais longe da verdade.

Antes de prosseguir quero afirmar que o objetivo do Concílio de Nicea em 325 A.D. foi estabelecer e documentar oficialmente os livros sagrados que a Igreja já acreditava e vinha utilizando desde o início, nas suas convicções teológicas sobre Jesus. E foi isso que aconteceu: O concílio de Nicea em 325 A.D. oficializou os livros que formam o cânone bíblico que usamos hoje, porém este não foi organizado pela Igreja Romana, mas sim por Constantino I, que viu a necessidade de oficializar e identificar o que realmente tinha sido transmitido e ensinado por Jesus e seus discípulos. Havia representantes da Igreja do mundo todo. 

E é claro que os pais da Igreja como Iraneus (c.130–200), Turtullian (160–224), Clemente de Alexandria (c.150–215), Origen ( c.185–254), Hippolytus (c.170–236), Novation (c.200–258), Atanasio, (c. 296–373) já combatiam as inúmeras heresias do segundo século, mas foi necessário que a igreja se reunisse para oficializar ensinos de Jesus passados pelos apóstolos e excluir o que não era correto. Sendo assim, “a Igreja deu seu primeiro grande passo para definir a doutrina revelada de forma mais precisa, em resposta a um desafio de uma teologia herética."[5] 

Um dos temas centrais foi combater Ario, cujo ensino afirmava que o Filho foi criado, pela permissão e poder do Pai, e que ele não possuía a eternidade nem a verdadeira divindade do Pai; e sendo o Filho a primeira criação de Deus e a mais perfeita das suas criaturas.[6]

É importante ressaltar que essa doutrina é ensinada pelos Testemunhas de Jeová, os quais adicionaram o artigo indefinido “um” em João 1:1 antes do substantivo Deus, em minúsculo: "um deus". Acrescentaram também no versículo seguinte (Jo 1.2), um artigo definido: como "o" Deus. O Jesus dos Testemunhas de Jeová, Mórmons, Muçulmanos não é o mesmo da Bíblia e portanto não pode salvar. Jesus queria que seus discípulos soubessem realmente quem Ele era. (Mateus 16:16).

Atanásio bispo do norte da África, combateu Arios fortemente mostrando que as Escrituras definiam exatamente a natureza de Cristo, reforçando o que a Igreja já cria e pregava desde o início. Atanásio argumentou dentro das Escrituras que o Filho é, em si mesmo, a natureza do Pai, que é eterno. Deus sempre foi o Pai e tanto este quanto o Filho sempre existiram juntos, eternamente e consubstancialmente junto com o Espírito Santo.[7] O argumento contra os arianos afirmava que o Logos (o "Verbo") era "eternamente gerado", portanto, sem começo. Atanásio acreditava que seguir a visão ariana destruía a unidade da divindade e tornava o Filho desigual ao Pai e insistir em tal visão transgredia as Escrituras, que afirmam que «Eu e o Pai somos um» (João 10:30) e «o Verbo era Deus» (João 1:1). Os bispos do concílio declararam, como fez Atanásio,[8] que o Filho não foi criado, Ele já existia, portanto teve uma "derivação eterna” do Pai e, portanto, era co-eterno com ele e igual a Deus em todos os aspectos.[9]  Havia nos pais da Igreja um consenso e preocupação de passar adiante os ensinos corretos sobre a doutrina de Cristo, cujos pontos principais já eram comuns aos cristãos, a fim de que todos fixassem a mensagem essencial do evangelho na estrutura da crença cristã em um único Deus, alcançando salvação em Jesus Cristo através da operação do Espírito Santo.[10] 

Os pais apostólicos acreditavam que era sua missão transmitir essa mensagem unificada e unificadora dos padrões teológicos. Iraneus (Haer.3.3.3) reforçou a ideia de que era papel deles passar adiante para as gerações posteriores, o que haviam recebido dos apóstolos. O pai da Igreja Ignácio (Magn, 13.1; 6,1; Phld. 6.3; c A.D. 110) encoraja seus leitores que permaneçam nos ensinos de Cristo e seus apóstolos (c.f.Pol. Phil 6:3). Iraneus diz: “Tal é o ensino da verdade, os profetas anunciaram, Cristo estabeleceu, os apóstolos transmitiram e em todos os lugares a Igreja apresenta ela aos seus filhos”. (Epid. 98; cf Haer.3.1.1; 3.3.1).[11]   Eles tinham uma regra de fé, não oficialmente escrita, mas um consenso de uma fé comum da igreja. O que aconteceu com essa regra de fé após a morte dos pais de Igreja? Ela foi passada para o terceiro e quarto século como sendo fórmulas ou credos, no entanto era o coração da mensagem das Escrituras.

A mensagem do Evangelho que temos hoje, é a mesma do primeiro século, aquela que a Igreja acreditava mesmo antes de Paulo escrever as suas cartas. Em 1 Coríntios 15:3-4 encontramos o mais antigo credo da Igreja. Paulo diz: ”Porquanto, o que primeiramente vos transmiti foi o que também recebi que Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras, foi sepultado e ressuscitou no terceiro dia, conforme as Escrituras”. Todos criam que Cristo havia sido morto e ressuscitou conforme as Escrituras. Lembre-se que esse credo encontrado em 1 Coríntios 15: 3-4, só foi registrado por Paulo aproximadamente duas décadas depois da ressurreição, mas Paulo tinha certeza que era verdade, pois ele afirmava que Cristo “...apareceu a Pedro e depois aos Doze. Depois disso, apareceu a mais de quinhentos irmãos de uma vez, a maioria dos quais ainda vive, embora alguns já tenham adormecido” I Cor. 15:5-6. Os estudiosos acreditam que Paulo escreveu esse credo 20 anos após a morte de Cristo, por isso Paulo menciona os 500 irmãos, pois a maioria ainda vivia e poderia confirmar tais eventos. Mas a convicção de Paulo vinha do fato que o próprio Jesus apareceu a ele também, portanto não foi só aqueles que testemunharam que Jesus tinha ressuscitado, mas Paulo também tinha visto Jesus face à face.

Houve momentos em que heréticos quiseram distorcer a mensagem do Evangelho já no primeiro século, como em Gálatas 6:12, onde havia aqueles que criam que a circuncisão era necessária para salvação. Também em Colossenses surgiram heréticos que quiseram incorporar elementos do Judaísmo, pois Paulo menciona circuncisão, leis, sábados e regulamentos (Col. 2-11, 13, 16, 20- 11). Em Colossenses 2:1-3:4 Paulo usa um raro vocabulário incluindo palavras como “filosofia” (philosophia Col 2:8), “plenitude” (pleroma; Col. 2:9), “afirmando em coisas que tenha visto” (embateuo; Col: 2:18), e “conhecimento”(gnosis; Col:18).[12]  Talvez essas palavras tenham sido tiradas diretamente da teologia dos heréticos, mas não se sabe com certeza.[13] Apareceram também falsos mestres in Creta, (Tito 1:10), onde Paulo diz a Tito que os repreenda duramente para que não se dediquem ao “Mitos Judaicos” (Tito 1:14). As cartas de Paulo a Timóteo contém uma porção considerável de informações sobre os heréticos que distorciam o evangelho, (1 Tim. 1:7-11; Titus 1:10-14; 3:9; Col. 2:16-17). Alguns heréticos também são mencionados em Judas (verso 4), em 2 Pedro 2:1, 13), e também falsos mestres são mencionados em 1 João 2:19 e finalmente em Apocalipse os capítulos 2 e 3 são direcionados a uma série de congregações na Ásia Menor fazendo referência a muitas heresias.[14] 

Portanto, haviam heresias logo no início da Igreja, as quais distorciam a mensagem de Cristo e o evangelho revelado aos apóstolos, mas estes sabiam o que tinham recebido de Jesus e combateram veementemente esses falsos ensinos. Os escritos do Novo Testamento revelam a presença de vários oponentes que foram denunciados numa variedade de maneiras, mas esses grupos não eram a maioria, na verdade não existe literatura nenhuma desses grupos heréticos para reconstruir realmente o que criam.

Professor Kostenberger escreveu: ”No final, o único grupo de cristãos primitivos que possuíam unidade teológica, acerca da mensagem essencial e central que remontava a Jesus e estava enraizada no antigo Testamento foi o movimento representado pelos escritores do Novo Testamento”.[15]  Haviam contudo distinções legítimas de diversidade na maneira de enfocar ênfases teológicas e perspectivas que se completavam mutuamente, mas não que estas afetassem as afirmações Cristológicas feitas pelos Apóstolos e outros escritores do Novo Testamento.

Existe diversidade legítima que não prejudica a presença de crenças fundamentais do Cristianismo primitivo; ela simplesmente testemunha a presença de diferentes personalidades e perspectivas entre os escritores do Novo Testamento (como o Sinóptico e João, Paulo, Pedro e Tiago).

A diversidade ilegítima difere na afirmação central crítica de Jesus como crucificado, enterrado e ressuscitado de acordo com as Escrituras, e de Jesus como Messias, Salvador, Senhor e Filho de Deus, (Veja os ensinamentos propagados pelos opositores em Colossenses, 2 Pedro, Judas e 1 João). Esse tipo de "diversidade" ao mesmo tempo em que afirma ser "cristã" por seus adeptos, é profundamente denunciada e renunciada nas páginas do Novo Testamento. Em essência, o evangelho tornou-se uma forma de ler e entender as Escrituras Hebraicas à luz da convicção de que Jesus era o Messias e exaltado Senhor.

A mensagem do Antigo Testamento, a pregação e a consciência messiânica de Jesus e o evangelho dos apóstolos, incluindo Paulo, estavam integralmente relacionados e estavam em estreita continuidade um com o outro.[16] Outro elemento fundamental nessa discussão era a noção de autoridade apostólica. Paulo disse ter autoridade apostólica não somente concernente às questões de políticas locais da Igreja, mas também com questões relacionadas às doutrinas. Paulo havia sido comissionado diretamente por Jesus, como fez também aos outros doze apóstolos. A autoridade de Paulo não veio de um corpo eclesiástico (como a Igreja Católica Romana afirma), mas na qualidade da confissão Cristológica feita através da revelação divina. (Ver Mat. 16:13-19).[17]   Portanto a diversidade teológica alegada por Bauer e depois por Bart, na verdade nunca existiu. Não somente a interpretação dos dados estão errados mas também procede de um modelo interpretativo falso.[18] 

A conclusão que chegamos é que sempre haverá essa tentativa daqueles que se opõem as Escrituras de tentar desacreditar a sua natureza e inspiração divina como palavra direta Deus e tentam interpretar a Bíblia nas tendências modernas humanas como a “diversidade”. A distorção dos ensinos Bíblicos fundamentais do Cristianismo como esses citados no texto acima tem se propagado até em igrejas consideradas históricas, as quais sutilmente começam a distorcer a verdade do Evangelho julgando que a diversidade também se aplica nos ensinos Bíblicos e portanto cada um tem a sua verdade e maneira de interpretar a Bíblia. A favor da diversidade pode-se dizer que a interpretação de doutrinas como “dom de línguas”, “batismo nas águas como essencial para salvação” são secundárias e sua interpretação não afeta a mensagem central ou essencial do Cristianismo. As doutrinas essenciais como a Trindade, a divindade e humanidade de Cristo, a ressurreição corporal, a queda e culpa do homem, a salvação pela graça através da fé na expiação substitutiva de Jesus Cristo são inegociáveis, pois nelas toda a plenitude do evangelho é fundamentada. Soli Deo gloria

Soli Gloria 


[1] Andreas J. Köstenberger, The Heresy of Orthodoxy (Illinois: Crossway,2010), 15.

[2] Ibid.,24.

[4] Ibid.,33.

[5] Warren Carrol, The Building of Christendom (Front Royal: Christendom College Press, 1985), 12.

[6] J. N. D. Kelly, Early Christian Doctrine, (San Francisco: HarperCollins, 1978), Chapter 9

[3] Ibid.,33.

[7] Leo Donald Davis (1983), The First Seven Ecumenical Councils (325-787), (Collegeville: Liturgical Press, 1983), 60. 

[8] St. Athanasius, On the Incarnation, chapter 2, section 9.

[9] St. Athanasius, Select Treatises of St. Athanasius in Controversy with the Arians, Volume 3 (Longmans: Green and CO., 1920), 51. 

[10] Everest Ferguson, The Rule of Faith (Eugene: Cascade Books, 1933), 53.

[11] Andreas J. Köstenberger, The Heresy of Orthodoxy (Illinois: Crossway,2010), 55.

[12] Bruce, Paul: Apostle of the Heart Set Free, 13

[13]Morna D. Hooker, “Were There False Teachers in Colossae? In Christ and Spirit in the New Testament: Studies in Honor of Charles Francis Digby. E.d Barnabas Lindars and Stephen S. Smalley (Cambridge: Cambridge University Press, 1973), 315-31.

[14] Andreas J. Köstenberger, The Heresy of Orthodoxy (Illinois: Crossway,2010), 97.

[15] Ibid., 99.

[16] Ibid.,101.

[17] Ibid.,101.

[18] Andreas J. Köstenberger, The Heresy of Orthodoxy (Illinois: Crossway,2010), 101.

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A Profecia em Isaias sobre Jesus

Joel Stevao

O profeta Isaías escreveu sobre o servo de Deus que traria salvação para o mundo, dizendo que o ele seria bem sucedido na sua missão, seria elevado as alturas e muito exaltado. (Is 52:13 - KJV). O seu sangue seria aspergido para a salvação das nações e o reis da terra calariam a sua boca por causa dele, pois aquilo que não tinham entendido entenderão. (Is 52:15 - KJV). Olhando as evidências, podemos confimar que essa profecia se cumpriu em Jesus. Existem duas linhas de evidências. Uma externa e outra interna.

As evidências externas são os testemunhos dos próprios Apóstolos. Os Apóstolos interpretaram por unanimidade que foi Jesus de Nazaré o servo mencionado em Isaías 52:13. Encontramos este “oráculo” mencionado no Novo Testamento mais do que no Velho Testamento. Um exemplo é encontrado nos Atos 8:26-40. Um Etíope que estava lendo esta mesma passagem em Isaías 53:7, encontra Filipe que é guiado por Deus para o encontrá-lo, corre, ultrapassa a carruagem e questiona o eunuco se ele estava entendendo o que estava lendo. O Etíope pergunta de quem o profeta estava falando - de si mesmo ou de outro - então Felipe prega Jesus a ele.

A linha interna de evidências são as previsões feitas sobre o servo, e apenas uma pessoa satisfez essas previsões - Jesus. Descobrimos em Isaías 53:13 que o servo "foi bem sucedido" na obra que Deus lhe disse para fazer. Lemos, "meu servo procederá com prudência", a palavra prudência muitas vezes é traduzido como sabedoria, que em hebraico é “sakal”, o qual também tem o significado de ser bem sucedido. O servo de Deus não falhou, mas foi bem sucedido. A prova que ele foi bem sucedido é a continuação do verso 13 que diz: “ Ele deve ser exaltado, elevado e muitíssimo exaltado. O "e" aqui em hebraico usa um waw-consecutivo indicando sequência cronológica onde a passagem deve ser lida Ele deve ser exaltado "e" depois elevado "e" em seguida, Ele deve ser muitíssimo exaltado.

 A palavra em hebraico, rum significa "levantar", então ele vai nasa o que significa "ser levado para cima" então ele vai gabah que quer dizer "ser muitíssimo exaltado”. A primeira palavra fala do início, (ressurreição), a segunda palavra fala da continuação (ascensão), e a terceira palavra fala do clímax, Ele será muitíssimo exaltado (exaltação). A prova de que o servo foi bem sucedido em sua missão é a sua ressurreição. No versículo 14, a palavra hebraica "saman" significa ficar sem palavras mediante a terrível visão de contemplá-lo, completamente desfigurado, pois já não parecia mais humano devido ao trabalho que tinha realizado.

No verso 15 vemos o alvo do seu trabalho. O texto diz "Ele aspergirá muitas nações". A palavra "aspergir" em hebraico é "Naza" que é a mesma palavra usada no Velho Testamento quando o sacrifício era feito e o sangue era "aspergido" para a expiação do pecado. Este servo morreria, ressuscitaria, sofreria e aspergeria o seu sangue para a limpeza das nações, trazendo salvação para o mundo inteiro e, finalmente, os reis do mundo fechariam as suas boca, e adorariam o Rei quando então entendessem o que o servo fez. Esta profecia foi cumprida em Jesus. Quando Jesus voltar, todos os reis do mundo entenderão a obra que realizou e finalmente o adorarão. Por que naquele dia, todo joelho se dobrará e toda língua confessará que Jesus Cristo é o Senhor. Feliz Páscoa.   

 Joel Stevao

 

 

                                                               

 

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Evidências fora do Novo Testamento do Jesus Histórico

Introdução

Os céticos sempre desafiaram a autenticidade de documentos históricos relacionados a Jesus. Alguns deles argumentam que as referências a Jesus nos escritos de Tácito e Josefo não fornecem testemunhos independentes suficientes para a existência de Jesus. Neste artigo, argumentarei que os "Anais" de Tácito e o "Testemunho" de Josefo fornecem fortes evidências de que Jesus de Nazaré era uma pessoa histórica. Juntos, o peso combinado dos relatos encontrados em "Os Anais" e em "O Testemunho" são importantes evidências para a historicidade de Jesus. 

Tácito, Os Anais e Jesus

Cornélio Tácito foi um senador e historiador do Império Romano e é considerado um dos maiores historiadores romanos. [1] Tácito escreveu um relato histórico do reinado de Tibério a Nero, intitulado Os Anais. Esses escritos são uma importante fonte da história romana do primeiro século. [2] Nelas, Tácito faz as seguintes afirmações sobre Jesus:

    "Nero culpou e infligiu as mais requintadas torturas em uma classe odiada por suas abominações, chamados de cristãos pela população. Christus, de quem o nome teve sua origem, sofreu a pena extrema durante o reinado de Tibério nas mãos de um de nossos procuradores, Pôncio Pilatus".      

Tácito registrou o que é provavelmente a referência mais importante a Jesus fora do Novo Testamento, diz o estudioso Yamauchi. [3] Mas, os céticos fizeram vários argumentos contra a confiabilidade deste texto como uma referência ao Jesus histórico. D.M. Murdock, membro da Escola Americana de Estudos Clássicos de Atenas, diz que toda a passagem é uma falsificação, uma vez que não há registro da citação pelos primeiros Pais da Igreja, atribuindo a referência a uma edição posterior. [4]
No entanto, este argumento não é convincente. Não haveria nenhuma razão para os Pais mencionarem uma citação tão negativa contra Jesus e cristãos, por isso sua ausência em seus escritos é esperada. Além disso, as obras de Tácito foram perdidas para a posteridade até o século XI, por isso é provável que os Pais da Igreja possam não tê-lo conhecido. E apesar do ceticismo de Murdock, o fato é que a maioria dos estudiosos hoje aceitam a referência de Tácito à crucificação de Cristo para descrever um verdadeiro evento. [5] Cícero, que era um estadista romano, chamou-lhe a pena mais cruel, repugnante e extrema. [6] No entanto, foi a pena capital para aqueles condenados à morte no Antigo Império Romano.

Uma segunda objeção, defendida por céticos como Kraus e Woodman, é a acusação de que Tácito era um escritor tendencioso que muitas vezes manipulava materiais para seu próprio propósito. [7] No entanto, não há evidências para validar tal acusação. Tácito escreveu uma grande quantidade de história romana que corresponde a outras fontes históricas, incluindo os relatos do evangelho. Ele foi admirado por seus contemporâneos como Plínio, o Jovem, que o parabenizou pela precisão acima da média em suas Histórias, afirmando que este trabalho seria imortal. Como o professor Van Voorst escreve, Tácito é considerado um dos maiores historiadores romanos[8]. Além disso, quando se lê Os Anais, pode-se ver claramente que Tácito queria expor a tirania e a total decrepitude moral dos imperadores, provavelmente expondo sua própria vida em grande perigo, não é provável que invente as coisas por capricho.

Uma terceira objeção levantada contra a confiabilidade da passagem em questão é levantada por Wells, que diz que Tácito estava apenas repetindo o que os cristãos estavam dizendo, e que " o contexto das observações de Tácito sugere que ele confiava em informantes cristãos". [9] Ele certamente estava feliz em aceitar dos cristãos sua própria visão de que o cristianismo era uma religião recente, uma vez que as autoridades romanas estavam preparadas para tolerar apenas cultos antigos, diz Wells.

No entanto, não há nenhuma razão evidente para Tácito repetir informações dos cristãos, que ele claramente odiava, como mostrado em The Annals. O professor Ronald Martin reconhece que "houve dificuldades em discernir as fontes exatas de Tácito, mas ficou claro que Tácito leu amplamente e que a ideia de que ele era um seguidor acrítico de uma única fonte é bastante insustentável".[10] O peso dos escritos de Tácito sobre Jesus, é que temos um testemunho de uma testemunha antipática para o sucesso e disseminação do cristianismo, baseado em uma figura histórica – Jesus, que foi crucificado sob Pôncio Pilatos, disse o professor Yamauchi. [11]


Josefo, O Testemunho e Jesus

Josefo foi um importante historiador judeu do primeiro século. Ele nasceu no ano 37 A.D. e escreveu a maioria de suas obras no final do primeiro século. Em sua obra “Antiguidades dos Judeus”, que foi uma história do povo judeu desde a Criação até sua época, Flávio Josefo escreveu o seguinte sobre Jesus em uma seção que agora passou a ser conhecida simplesmente como O Testemunho:

 
"Houve no nosso tempo Jesus, um homem sábio, se é permitido chamá-lo de homem; pois ele era um fazedor de obras maravilhosas, um professor de homens que recebiam a verdade com prazer. Ele atraiu para si muitos dos judeus e muitos dos gentios. Ele era [o] Cristo. E quando Pilatos, por sugestão dos principais homens entre nós, o condenou à cruz, aqueles que o amavam desde o início não o abandonaram; pois ele apareceu para eles vivo novamente no terceiro dia, como os profetas divinos haviam previsto estes e dez mil outras coisas maravilhosas sobre ele. E a tribo de cristãos, assim chamado por ele, não está extinta até o dia de hoje.”[12]

Em resposta a este trecho, Wells argumenta que partes do Testemunho são interpolações ou falsificações, alegando que as frases "se for legal chamá-lo de homem", ou "Ele era o Cristo", e "pois ele apareceu para eles vivo novamente no terceiro dia, como os profetas divinos haviam predito essas e dez mil outras coisas maravilhosas sobre ele", foram adicionadas ao texto por alguém que não fosse Josefo, muito tempo depois que o texto original foi escrito. [13] Os estudiosos concordam que essas passagens são provavelmente interpolações, já que Josephus não era cristão. Recentemente, o Professor Shlomo Pines encontrou uma versão árabe do Testemunho datada do século X. [14] Nesta versão, as supostas adições não estão presentes que confirmam algumas interpolações. No entanto, o professor James Tabor diz que "somos mais do que afortunados que essas passagens pareçam descaradas e óbvias, tanto na colocação quanto na frase".[Porque, mesmo sem as interpolações, Josefo corrobora informações importantes sobre o Jesus histórico: que ele era um sábio líder, um milagreiro, foi crucificado pelas autoridades religiosas e políticas e estabeleceu um movimento que continuou após sua morte.
Embora as passagens ofereçam importante verificação independente sobre Jesus, o cético Michael Martin, filósofo da Universidade de Boston, critica a passagem dizendo que "se Jesus existisse, seria de esperar que Josephus tivesse dito mais sobre ele". [16] Da mesma forma, Murdock critica todo o Testemunho dizendo que se Josefo tivesse tal respeito por Jesus, para chamá-lo de "um homem sábio", ele teria escrito mais sobre ele". [17] Uma das objeções céticas é que o Testemunho se refere a Jesus como um "homem sábio", frase usada por Josefo apenas quando se refere a Davi e Salomão. Mas, o Professor França acredita que a frase "um homem sábio" foi de fato escrita por Josephus. Ele escreve: "Assim, a cláusula 'se realmente se deve chamá-lo de homem' faz sentido como uma resposta cristã à descrição de Jesus por Josefo como (meramente) um 'homem sábio', mas dificilmente é o tipo de linguagem que um cristão teria usado se escrevesse do zero." [18] Além disso, o estudioso judeu Geza Vermes concorda que "um homem sábio" foi escrito por Josefo, uma vez que ele vê uma conexão para o uso do termo entre Daniel e Salomão e a descrição de Testemunho de Jesus. [19] A resposta do professor Yamauchi a tal afirmação "esperava-se que Josefo tivesse escrito mais sobre Jesus" é esta: "Há evidências esmagadoras de que Jesus existiu, e essas perguntas hipotéticas são realmente muito vazias e falaciosas, Josephus estava interessado em questões políticas e luta contra Roma ... Jesus não representava uma grande ameaça política"[20]

Referência de Josefo a Tiago, irmão de Jesus

Na segunda menção de Jesus nas Antiguidades, Josefo menciona Tiago, o irmão de Jesus, escrevendo: "Festus estava agora morto, e Albinus estava apenas na estrada; então ele reuniu o Sinédrio dos juízes, e trouxe diante deles o irmão de Jesus, que era chamado de Cristo, cujo nome era Tiago, e alguns outros; e quando ele tinha formado uma acusação contra eles como infratores da lei, ele entregou-os para serem apedrejados"[21] Nessa passagem Josephus registra a existência de Jesus, que tinha um irmão chamado Tiago. Mas, o cético Wells diz que a passagem foi interpolada porque Josefo como um judeu ortodoxo escreveria algo como "Cristo por alguns" mas não "que era chamado de Cristo "que era um uso cristão da fase naquela época. [22] Por mais convincente que o argumento de Wells possa parecer, esta passagem é amplamente aceita pela maioria dos estudiosos como autêntica. [23]
A razão pela qual é amplamente aceito é apresentado por Mc Dowell e Bill Wilson. "A frase 'Tiago, o irmão de Jesus que é chamado de Cristo' é muito não comprometedora para ter sido inserida por um interpolador cristão posterior que teria desejado afirmar o messiasship de Jesus mais definitivamente, bem como negar as acusações contra Tiago." Além disso, se a passagem é uma interpolação por que tão pouco é dito sobre Jesus e Tiago. [24] Um segundo argumento contra a autenticidade da passagem é que Josefo escreveu "o irmão do Senhor" mas não "o irmão de Jesus", como uma seita que eles podem ter sido conhecidos como "irmãos do Senhor", disse Earl Doherty. [25] O cético Conde admite que é difícil explicar por que e como ele foi alterado, mas os cortivistas cristãos podem ter sentido o contrário, e considerado "irmão do Senhor" como uma identificação inadequada do novo Jesus histórico para o leitor em geral. Em resposta ao Earl, digo que este argumento é muito improvável e falacioso. Louis Feldman afirma que a autenticidade da passagem de Josephus sobre James foi "quase universalmente reconhecida". "Não conheço nenhum estudioso que tenha disputado essa passagem com sucesso", afirma o professor Yamauchi. [27]

Conclusão 

            As referências dos historiadores do primeiro século Tácito e Josefo a Jesus nos seus escritos “Anais” e no “O Testemunho” são extremamente importantes. O peso das evidências apresentadas neles, favorece fortemente que as referências de Tácito e Josefo a Jesus são autênticas. Essas evidências não cristãs passaram por um extenso escrutínio ao longo dos séculos e sobreviveram como relatos confiáveis, e como forte e impressionante corroboração para um Jesus histórico.

Joel Stevao

[1] Robert Van Voorst, Jesus Outside the New Testament: An Introduction to the Ancient Evidence (Grand Rapids: William B Eerdmans Publishing Company, 2000), 39-42.
[2] Ronald H. Martin, Tacitus and the Writing of History (California: University of California, 1981), 104–105.
[3] Lee Strobel, The case for Christ (Grand Rapids: Zondervan, 1998), 86.
[4] http://www.truthbeknown.com/pliny.htm > accessed February 28, 2015.
[5] Paul Eddy and Gregory Boyd, The Jesus Legend: A Case for the Historical Reliability of the Synoptic Jesus Tradition (Grand Rapids: Baker Academic, 2007), 127.
[6] Marcus Tullio Cicero: Verrem 2:5.165, 168.
[7] C.S.Kraus and A.J. Woodman, Latin Historians (Oxford: Oxford University Press, 1997), 97-100.
[8] Robert Van Voorst, Jesus Outside the New Testament: An Introduction to the Ancient Evidence (Grand Rapids: Eerdmans Publishing, 2000), 39-42.
[9] George Albert Wells, Who was Jesus? A Critique of the New Testament (La Salle: Open Court Publishing, 1989), 20.
[10] Ronaldo H. Martin, Tacitus and the Writing of History (California: University of California, 1981), 211.
[11] Lee Strobel, The case for Christ (Grand Rapids: Zondervan, 1998), 87-88.
[12] Josephus, Antiquities of the Jews, 18:3.
[13] George Wells, The Jesus Legend (Illinois: Open Court Publishing, 1996), 48.
[14] Shlomo Pines, An Arabic version of the Testimonium Flavianum and its implications (Israel Academy of Sciences and Humanities, 1971).
[15] http://jamestabor.com/2012/08/12/josephus-on-john-the-baptizer-jesus-and-james/#identifier_2_2977 accessed on 3/06/2015
[16] Michael Martin, The case against Christianity (Philadelphia: Temple Univ. Press, 1991), 49.
[17] Acharya Murdock, Suns of God: Krishna, Buddha and Christ Unveiled (Kempton: Stellar House Publishing, 2004) http://www.truthbeknown.com/josephus.htm accessed on 2/27/2015.
[18] R.T.France, The Evidence for Jesus (Regent College Publishing, 2006), 30.
[19] Geza Vermes, Jesus in his Jewish Context: The Jesus Notice of Josephus Re-Examined (Minneapolis: Fortress Press, 2003), 97.
[20] Lee Strobel, The case for Christ (Grand Rapids: Zondervan, 1998), 85.
[21] Josephus, Antiquities of the Jews, Book 20, Chapter 9, Paragraph 1.
[22] George Wells, Who was Jesus? A Critique of the New Testament Record (La Salle: Open Court), 22.
[23] Paul L. Maier, Josephus, the essential works: a condensation of Jewish antiquities and The Jewish war (Grand Rapids: Kregel Academic, 1995), 284-285.
[24] Evans 1995, p. 106.
[25] http://jesuspuzzle.humanists.net/supp10.htm#What did Josephus accessed on 3/7/2015.
[26] Louis H. Feldman and Gohei Hata, Josephus, Judaism, and Christianity (Detroit: Wayne State University Press, 1987), 55-57.
[27] Lee Strobel, The case for Christ (Grand Rapids: Zondervan, 1998), 83.

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